Natália Gaudio comemora evolução da ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos
19.08.2016
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Natália Gaudio na apresentação de fita
Ricardo Bufolin/CBG
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Natália Gaudio na apresentação de fita
Ricardo Bufolin/CBG
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Natália Gaudio na apresentação de fita
Ricardo Bufolin/CBG
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Natália Gaudio na apresentação de fita
Ricardo Bufolin/CBG
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Natália Gaudio na apresentação de fita
Ricardo Bufolin/CBG
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Natália Gaudio com a técnica Monica
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Natália Gaudio na apresentação das maças
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Natália Gaudio na apresentação das maças
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Natália Gaudio na apresentação das maças
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Natália Gaudio na apresentação das maças
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Natália Gaudio na apresentação das maças
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Natália Gaudio recebe o abraço da técnica
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Natália Gaudio e a técnica Monika Queiroz
Ricardo Bufolin/CBG
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Monika Queiroz se emoniona
Ricardo Bufolin/CBG
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Torcida especial
Ricardo Bufolin/CBG
Brasileira de 23 anos destaca o legado como principal prêmio com a participação na maior competição esportiva do mundo
Rio de Janeiro (RJ) - Natália Gaudio quer inspirar meninas a sonharem mais alto. Para a ginasta, essa é a maior medalha que ela poderia conquistar por ser a representante brasileira da ginástica rítmica individual nos Jogos Olímpicos. Na Arena Olímpica do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (19), durante a classificatória, a torcida deixou a capixaba emocionada. Fazer com que o público se envolva ainda mais com o esporte é um dos maiores legados que uma Olimpíada em casa pode deixar.
Natália não ficou entre as dez finalistas para a final do individual geral, mas isso não é o mais importante neste momento. O objetivo era sair feliz e isso a ginasta conseguiu com louvor. Não somente ficou satisfeita, como foi ovacionada pela torcida. A sensação por ter chegado na Olimpíada fez com que valesse a pena todo o esforço. "Nós fizemos bem o nosso papel e isso é o mais importante. Quero deixar esse legado para as próximas gerações, inspirar as meninas que estão começando para que elas vejam que é possível. Isso é o mais bonito que posso deixar. Lutei por esse sonho e consegui chegar até aqui. Pelo público, nós seríamos ouro. Foi maravilhoso receber tanto carinho, a torcida ajudou muito", agradeceu.
Natália abriu as apresentações na bola, com a série suave ao som de Bandolins, de Oswaldo Montenegro. A torcida foi a loucura. A nota 16,300 (8,100 de dificuldade e 8,200 de execução) correspondeu às expectativas. Na sequência, o arco, embalada pelo ritmo de rock. Com a rotina de Smells Like Teen Spirit, da banda norte-americana Nirvana, veio a maior nota da brasileira no dia: 16,566 (8,300 de dificuldade e 8,266 de execução). Já na fita, a homenagem ao Rio de Janeiro, com Cidade Maravilhosa, que teve o arranjo feito pelo renomado Dudu Nobre. Empolgante, a série recebeu 16,216 (7,950 de dificuldade e 8,266 de execução). Para fechar, as maças, e com chave de ouro. A série forte e marcante, com Drácula, de Wojciech Kilar, teve a pontuação 16,450 (8,150 de dificuldade e 8,300 de execução) e deixou Natália e a técnica Monika Queiroz em êxtase. No geral, a brasileira conquistou 65,532.
"Nós queríamos fazer as quatro séries sem erros, limpas, que mostrassem o trabalho que tivemos durante todos esses anos de preparação. Alcançamos essa meta e ainda mostramos uma evolução muito grande em relação as notas. Essa foi a primeira competição que conseguimos somar mais de 16,000 pontos em todos os aparelhos. Por ser nível olímpico, é muito mais difícil. Isso mostra que estamos no caminho certo. Ver esse crescimento depois de todo o esforço que tivemos para chegar aqui e estar entre as melhores do mundo já é o nosso prêmio, a nossa medalha", analisou.
Técnica de Natália desde que a ginasta era criança, Monika não conteve a emoção por ver a atleta brilhar. "Isso é Olimpíada", disse. "Depois de mais de 20 anos sem uma representante brasileira na ginástica rítmica individual dos Jogos Olímpicos, você conseguir estrear dando um show é incrível. O público veio mesmo abraçar a Natália. Nós queríamos fazer essa diferença", destacou a experiente treinadora.
Depois de realizar o maior sonho da carreira, Natália já começou a traçar o próximo. O alvo, agora, está daqui a quatro anos, na edição dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Para chegar lá, vai continuar trabalhando com passos firmes, sempre um dia de cada vez. "São 17 anos que a ginástica está em primeiro plano na minha vida e não é agora que vai mudar. Hoje não é o fim de um ciclo, mas sim o começo de um próximo. Realizei um sonho, mas já estou plantando outro, que começa a partir de hoje. 2020, Tóquio, a gente se vê por lá", brincou. "Antes disso, ainda quero conquistar uma medalha nos Jogos Pan-Americanos de 2019. Não posso encerrar a minha carreira sem ela", disse.
Quando deixou a Arena Olímpica, Natália estava totalmente realizada. Será impossível esquecer de tudo o que viveu na Rio 2016. "A partir de agora, o Brasil vai olhar para a ginástica rítmica com outros olhos. Nós plantamos uma sementinha. Abrimos as portas para as próximas gerações. Coloquei meu nome para sempre na história", encerrou, determinada a ir ainda mais longe.
Seleção de Conjunto de Ginástica Rítmica: As brasileiras Emanuelle Lima, Francielly Machado, Gabrielle Moraes, Jéssica Maier e Morgana Gmach participam da classificatória do conjunto neste sábado (20), com provas das 10h às 13h50. A competição contará com 14 países, sendo que oito se classificam à final de domingo (21).
Programação
Sábado (20)
10h às 13h50: classificatória conjunto geral (Brasil)
15h20 às 17h45: final individual geral
Domingo (21)
11h às 12h45: final conjunto geral
Delegação brasileira de ginástica rítmica
Seleção Individual
Ginasta: Natália Gaudio
Técnica: Monika Queiroz
Seleção de Conjunto
Ginastas: Emanuelle Lima, Francielly Machado, Gabrielle Moraes, Jéssica Maier e Morgana Gmach
Reservas: Beatriz Pomini e Dayane Amaral
Técnica: Camila Ferezin
Chefe de equipe: Bruna Martins