Da redação, Santo André (SP) – Além de toda experiência aprendizado adquirido nos últimos dias, muitas das atletas do Juvenil Feminino que participaram do Acampamento Nacional de Desenvolvimento e Melhoria Técnica do Handebol, projeto da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), também almejam um futuro na modalidade. Afinal, 20 nomes serão selecionados entre as 66 jogadoras que realizaram as atividades no Centro de Desenvolvimento da modalidade, em São Bernardo do Campo (SP), para integrarem as Seleções no futuro. Um entre tantos casos é o da mineira Rafaella Rocha, de 18 anos, que defende a Liga Hamburguense de Handebol, em Novo Hamburgo (RS), e se inspira na ponteira Samira e na armadora Duda Amorim.

“Faz sete anos que jogo handebol, e este é meu terceiro ano fora de casa. Cada competição que você vê que tem uma menina diferente e alguma coisa que você não tem, você a considera adversária para tentar bater o nível dela e ser melhor. Quando você consegue fazer as mesmas coisas que uma menina mais velha, você acaba se destacando na sua categoria”, disse a atleta.

“Desde cedo, eu sempre fui ponteira e sempre me inspirei na Samira. Então, quando eu treinava, sempre queria ter o pulo igual ao dela. Depois, fui para a armação e comecei a observar a Duda Amorim, e eu queria ser como ela, tanto na finta quanto no arremesso de fora e na potência. Quando o atleta leva isso para dentro de quadra, ele ganha vantagens em relação a outras pessoas. Estudar o esporte ajuda muito”, afirmou Rafaella, que viu no Acampamento uma chance de defender as cores do Brasil.

“Como eu quero ter um futuro no handebol, eu levo a quadra muito a sério, porque é o que eu quero para mim. Quem leva a sério quer estar em uma seleção e jogar na Europa, mas também tenho o meu segundo plano, que é fazer faculdade de Direito”, acrescentou.

Apesar de focar na própria carreira, ela não deixa de pensar no coletivo. Prova disso é que Rafaella quer passar o conhecimento adquirido no Acampamento Nacional para as demais companheiras de time.

“Estamos anotando tudo o que está sendo passado aqui no Acampamento Nacional, eu e mais três amigas de clube, e a nossa ideia não é ficar só para a gente, aquela coisa egoísta de atleta, mas chegar no clube e passar para o resto da equipe também”, explicou.