Conselho da Federação Internacional de Ginástica toma decisões importantes em Istambul

15.05.2018  |    89 visualizações

Reunião contou com a presença da presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Luciene Resende

Da redação, Santo André (SP) - Terminou nesta segunda-feira (14) a reunião anual do conselho da Confederação Internacional de Ginástica (FIG). Dessa vez, o evento foi em Istambul, na Turquia. A presidente da Confederação Brasileira de Ginástica, Luciene Resende, fez parte do encontro, que chegou ao fim com importantes resoluções tomadas.

Entre os destaques, a definição de calendário dos principais eventos da entidade. O conselho atribuiu por unanimidade o Campeonato Mundial de Ginástica Artística 2022 à Federação Britânica, que deve ser realizado em Liverpool. Também por unanimidade foi definida a próxima assembleia, com sede em São Petersburgo, na Rússia.

Também foram confiados ao Comitê Executivo da FIG os campeonatos Mundiais de Ginástica Rítmica e de Trampolim de 2021 e 2022 e os Campeonatos Mundiais de Acrobática, Aeróbica e de Parkour de 2020 e 2022, bem como a academia mundial de 2023.

Além disso, o Conselho aprovou por unanimidade a organização do Campeonato Mundial de Ginástica Artística Júnior em Györ (HUN) e o Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica Júnior em Moscou (RUS). Ambos serão considerados como um evento teste. A decisão final de introduzir Campeonatos Mundiais Júnior - em que ano, com que frequência, formatos de competição, critérios de participação, etc. - serão discutidos pelo CE e propostos ao Conselho em 2020, após os dois eventos teste terem sido analisados.

O Conselho ratificou por unanimidade a decisão do Comitê Executivo relativa à atualização do Regulamento Técnico para o Parkour e também a decisão sobre o Anexo A do Regulamento Técnico, que diz respeito aos critérios de qualificação para os Jogos Olímpicos de 2020, permitindo que os ginastas que se classificaram nas Copas do Mundo de Aparelhos Individuais compitam em todos os aparelhos da competição de qualificação nos Jogos Olímpicos.

Foram ainda aprovadas as alterações ao Regulamento Técnico proposto pelo CE, assim como a atualização de artigos do Código de Disciplina que precisava ser emendado devido à Política e aos Procedimentos da FIG para Salvaguardar e Proteger os Participantes em Ginástica.

Foi também aprovada a atualização dos regulamentos do World Gym for Life Challenge.

O Conselho aprovou por unanimidade o relatório financeiro de 2017, incluindo as contas de 2017, o orçamento de 2018 e os relatórios dos auditores.

O Presidente da Comissão de Competição apresentou a visão do CE para o Ciclo Olímpico 2021-2024 relativo ao princípio da qualificação olímpica; a estrutura da competição, incluindo qualificações para Campeonatos Mundiais por meio de Campeonatos Continentais; Campeonatos Mundiais Individuais e Equipes / All-Around separados; e o calendário da competição, incluindo as Copas do Mundo.

O Presidente do Grupo de Trabalho para a Prevenção do Assédio e Abuso apresentou um relatório sobre a nova Estrutura da FIG para a Ética e a Prevenção planejada pelo CE. O Conselho discutiu e aprovou os princípios desta nova estrutura com a criação de uma Fundação de Ética independente, que será discutida e decidida pelo Congresso em dezembro de 2018.
A nova Fundação de Ética incluirá uma Seção de Prevenção Independente, que tratará de todas as alegações, suspeitas e revelações de todas as formas de assédio e abuso denunciadas à Fundação de Ética por meio de seu helpdesk e outros canais. A nova Fundação de Ética também incluirá uma Comissão de Conformidade e integrará a Comissão Disciplinar existente, bem como o Tribunal de Recursos.

A Presidente da Comissão de Mulheres no Desporto da Ginástica apresentou os resultados do seu inquérito e as suas recomendações para a igualdade de gênero, que foram aprovadas pelo CE. O Conselho discutiu este tema e votou informalmente, aceitando o princípio de propor mudanças no Estatuto ao Congresso em dezembro de 2018 para uma representação mínima de mulheres de 30% nas várias autoridades da FIG, alcançando a plena igualdade de gênero em 2028.

“Muito além das resoluções e aprovações de praxe, que normalmente são tomadas nas reuniões do conselho, a discussão de temas como estes sobre assédio e abuso em nosso esporte, assim como a maior presença feminina em setores de autoridade da ginástica são de extrema importância para o desenvolvimento do esporte mundial. Como um dos grandes representantes da ginástica na América e no Mundo, o Brasil está totalmente de acordo com o que foi apresentado e disposto a seguir trabalhando em prol das resoluções que sejam tomadas nesse âmbito”, comentou Luciene Resende.

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