I Seminário Nacional de GR promove reflexões e apresenta planos para a temporada de 2019

01.12.2018  |    219 visualizações

Evento foi realizado durante o Brasileiro de Conjuntos "Ilona Peuker", em Aracaju (SE)

Da Redação, Santo André (SP) – Com a participação de atletas, treinadores, dirigentes, pais de ginastas e outros integrantes da comunidade esportiva, o 1º Seminário Nacional de ginástica rítmica trouxe importantes discussões e traçou um panorama da modalidade para 2019. O evento aconteceu durante a disputa do Campeonato Brasileiro de Conjuntos “Ilona Peuker”, encerrado no último dia 25, em Aracaju (SE).

Durante dois dias, ginastas, dirigentes, pais de ginastas, treinadores e profissionais de educação física ligados à modalidade puderam trocar experiências, informações e se atualizaram sobre as últimas ações promovidas pela CBG (Confederação Brasileira de Ginástica) para o desenvolvimento do esporte.

“Realizar este primeiro Seminário da Ginástica Rítmica foi de um valor inestimável. Pudemos abordar temas muito relevantes como combate ao assédio, doping e o trabalho de prevenção de lesões. Além disso, pudemos falar um pouco mais sobre o plano para o lançamento da escola de treinadores, que será a realização de um sonho, não só meu, mas de toda a comunidade da ginástica rítmica”, afirmou a presidente da CBG, Luciene Resende.

Assessor jurídico da CBG, Paulo Schmidt falou sobre o combate a assédios, abusos e racismo, além de comentar sobre as implicações jurídicas do doping no esporte.

“A CBG vem desenvolvendo ações preventivas e repressivas no combate ao assédio, doping, racismo e outras infrações e crimes. Foi assim desde o seminário com o COB em janeiro, parceria com MPT, lançamento do código de ética, cartilha, comitê de integridade, até agora com as assinaturas de normas de convivência”, explicou Paulo Schmidt.
Segundo o assessor jurídico da CBG, a entidade prega tolerância zero para comportamentos que prejudiquem a saúde psicológica dos atletas e enalteceu iniciativas como a realização do seminário.

“Projetos educativos como o seminário em Aracaju estão no rol de nossas metas rotineiras, didáticas e de aprendizado permanente no campo da ética e disciplina”, disse Paulo Schmidt.

Durante o evento, treinadores das equipes participantes do Brasileiro de Conjunto assinaram o Termo de Convivência, seguindo o programa criado pela CBG de combate ao assédio. O termo já havia sido assinado por atletas e treinadores das seleções brasileiras de outras modalidades da ginástica.

Prevenção de lesões

Ponto preocupante no esporte de alto rendimento, a prevenção de lesões também foi abordada durante o seminário. Convidado a falar sobre o tema, o professor doutor Paulo Márcio Oliveira, fisioterapeuta da Seleção Brasileira de ginástica rítmica, falou, entre outras coisas, sobre a necessidade de treinamentos específicos em determinadas situações.

“Na fase adulta, os atletas se encontram em condições de sustentar os princípios dos treinamentos esportivos, como volume e sobrecarga. Isso é diretamente relacionado aos atletas de elite, principalmente os que buscam vagas em competições internacionais, como os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Senti que houve uma ótima repercussão, onde todos os técnicos tiraram suas dúvidas e deverão implementar um trabalho de prevenção muito interessante desde a base até chegar à seleção brasileira”, afirmou.

Escola Nacional de Treinadores

Outro ponto que foi abordado nos dois dias do seminário foi a implantação da Escola de Treinadores e Estágios de Treinamento Nacional. A professora doutora Márcia Aversani, que também é presidente da Federação Paranaense de Ginástica, irá coordenar a escola nacional e lembrou que já se tratava de um sonho antigo na modalidade.

“É um desejo de muitos anos dos profissionais da ginástica rítmica do Brasil e agora esse grupo de trabalho da CBG conseguiu fazer o projeto e viabilizou a realização desta escola nacional”, afirmou Márcia. O objetivo principal, segundo ela, é o de capacitar os treinadores brasileiros e desta forma, ajudar a melhorar o nível das nossas ginastas.

“Entendemos que chegou ao momento de investir na capacitação dos treinadores. A proposta inicial é que serão oferecidos dois níveis, sendo que o primeiro estará à disposição em 2019 e o segundo nível em 2020. Só poderá fazer o segundo nível quem fizer o primeiro. Já queremos fazer dois cursos no ano que vem. Será um curso de 44 horas, com avaliação, e irá trabalhar com conteúdos que vão da iniciação ao alto rendimento”, explicou Márcia Aversani.

Programa de Metas

Foi abordado durante o seminário o Programa de Metas no acompanhamento das ginastas da Seleção Brasileira. Coordenador Adjunto do Comitê Técnico e Diretor de Arbitragem da CBG, Leonardo Palitot ressaltou os benefícios do programa, que já existe desde 2017.

“A importância do programa é visível. O feedback instantâneo e a relação de proximidade que ele proporciona nos faz mais fortes, na medida em que as coreografias já são construídas em sintonia com a visão da arbitragem. O objetivo é o aumento das notas e a melhora nos resultados. Nossas ginastas terminaram o ano chegando a alcançar notas além dos 17 pontos no individual e mais de 20 pontos no conjunto”, explicou Leonardo.

Em 2018, o programa de metas realizou um acompanhamento de nove ginastas e cinco Conjuntos (incluindo a Seleção Brasileira adulta) nas categorias Adulto, Juvenil e todas as idades.

Alto rendimento

Coordenadora de Ginástica Rítmica da CBG e Treinadora de Conjunto da Seleção Brasileira, Camila Ferezin expôs no seminário o planejamento das Seleções para a temporada de 2019.

Quatro eventos estão listados como prioridade para a próxima temporada: etapas da Copa do Mundo, Sul-Americano (Colômbia), Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru) e o Campeonato Mundial de Baku (Azerbaijão).

“O ano de 2019 será muito importante, porque temos os Jogos Pan-Americanos e o Campeonato Mundial, esse último classificatório para os Jogos Olímpicos em Tóquio-2020. Nossa expectativa é que consigamos realizar com sucesso o nosso planejamento em 2019 para continuarmos com a hegemonia nas Américas e buscar a nossa vaga olímpica”, afirmou Camila

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