Ação do Comitê Técnico de GPT tem como foco o fomento à prática pelo país

02.10.2020  |    365 visualizações

Cada um dos cinco encontros realizados virtualmente, com conteúdo ministrado por grandes especialistas, atraiu cerca de cem visitantes

Da Redação, São Paulo (SP) - Fazer apresentações de coreografias com movimentos ginásticos, de forma não competitiva, envolvendo participantes de todas as idades. Incluir, confraternizar, criar coreografias com temática folclórica, utilizar aparelhos da Ginástica Rítmica e outros, que podem ser inventados. Isso tudo é Ginástica para Todos. No entanto, a GPT ainda não atinge tanta gente. Muitos até fazem GPT sem saber que o fazem. Por esses e outros motivos, a Confederação Brasileira de Ginástica realizou uma série de cinco encontros virtuais, com 90 minutos de duração cada um, às segundas-feiras. A ação teve início no dia 24 de agosto e se encerrou no último dia 28.

Michele Carbinatto, Coordenadora Técnica de GPT da CBG, foi responsável por três apresentações, que tiveram por tema “O que é Ginástica Para Todos?”, “Ginastrada Mundial/2023: Aspectos Artísticos” e “Ginastrada Mundial/2023: enfoque artístico”.

A World Gymnaestrada ou Ginastrada Mundial, aportuguesando-se o nome, é o principal evento não competitivo internacional de ginástica, e mobiliza milhares de participantes a cada quatro anos. A primeira edição foi realizada em 1953, em Roterdã. A próxima, que será a 17ª, será também na Holanda, em Amsterdã.

“No contexto da pandemia, a CBG tomou a iniciativa de realizar diversas ações utilizando sessões virtuais em aplicativos. Estamos dando continuidade a esse trabalho, abordando assuntos que sempre vêm à tona na GPT. No primeiro encontro, nós caracterizamos a GPT, explicamos o que é, apresentamos seu fundamento, seus princípios”, diz Michele.

A Ginastrada, um dos eventos mais inclusivos do mundo, foi dissecado ao longo de três horas. “No primeiro encontro, abordamos o aspecto artístico. Mostramos o que deve ser feito para participar ativamente do evento, apresentamos possibilidade de coreografia, de workshops, de apresentações, falamos sobre as Noites Nacionais, Noites dos Países Pan-Americanos, FIG Gala e World Team”, explica a Coordenadora Técnica.

O quarto encontro foi comandado por Susana Thomas, membro do Comitê de GPT. Em sua apresentação, ela mostrou como se pode organizar um evento de GPT localmente, com base em sua experiência com a Copa Niterói de Ginástica, que inclui Festival de GPT e eventos de Ginástica Artística, de Trampolim e Rítmica. Esse evento é realizado desde 1982 (naquele ano Susana participou como atleta) e tem periodicidade anual desde 1990.

Em outro segmento de sua apresentação, Susana mostrou como funciona o Gym Brasil, evento nacional de GPT. “Procuramos despertar nos participantes da live a vontade de tomar parte no Gym Brasil. Muitas unidades da federação promovem eventos simulares, em âmbito estadual. Estamos mapeando esses festivais. Uma de nossas finalidades é estimular o crescimento do Gym Brasil”, afirma Susana.

O último evento foi abastecido pelos conhecimentos de Adriana Maria Van Stadnik. E conhecimento essa paranaense tem de sobra: graduada em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina, tem doutorado em Educação Física, Lazer e Recreação pela Universidade do Minho (Portugal) e pós-doutorado na área de Formação de Professores da Université de Montreal. De 2000 a 2019, participou de todas as Ginastradas Mundiais realizadas.

O tema de sua exposição foi “Ginástica para todos e a Perspectiva do lazer” – os tópicos abordados foram o fomento e a potencial massificação da GPT.

“Fizemos uma diferenciação entre escolhas ativas, como uma prática esportiva, e as passivas (consumo). A gente define a GPT como um lazer sério, feito de forma sistemática. Os participantes estão imersos, compartilhando conhecimento e experiência. Na GPT, é muito importante o compromisso com o grupo – a falta de um afeta a todos”, explica Adriana.

Práticas idênticas ou similares à GPT ocorrem em grupos de dança, academias e associações pelo Brasil afora. O objetivo do Comitê, como explicou Susana, é procurar mapear esses grupos e fomentar a prática consciente. “É importante que os praticantes saibam o que estão fazendo; que seja uma prática refletida”, propõe a estudiosa.

Apaixonada pela GPT, Adriana discorreu sobre a aplicação dos 4 Fs da FIG: fitness, fundaments, friendship and fun (Ginástica, fundamentos, amizade e diversão) na GPT, entre outros aspectos. “A GPT tem conexão com o circo, com conhecimento, organização, natureza, arte, cultura, história, folclore, turismo”, acrescenta ela.

 

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