CBG realiza ação para massificar a Aerodance

23.12.2020  |    516 visualizações

Ainda pouco difundida no Brasil, prova pode funcionar como porta de entrada na Ginástica Aeróbica

Da Redação, São Paulo (SP) - 2020 vai entrar para a história também como o ano das ações realizadas por meio da internet pela Confederação Brasileira de Ginástica. No último dia 10, o foco foi uma apresentação das provas de Aerodance e suas especificidades. A mediação ficou por conta de Kátia Lemos, Coordenadora Técnica de Ginástica Aeróbica, e o palestrante foi Luiz Maciel, professor da Universidade Federal de Lavras (MG) e treinador de Marcelo Martins, um dos principais craques da Ginástica Aeróbica do Brasil.

O Aerodance é uma prova na qual se apresentam séries compostas pelos passos básicos da Ginástica Aeróbica combinados a movimentos de dança. São desenvolvidas em grupos de oito ginastas, sem exigência de elementos de dificuldade. Há obrigatoriamente um segundo ritmo, que no ciclo atual é o hip hop. A apresentação é muito dinâmica e criativa, devendo ter uma aproximação ao público, buscando o entretenimento, espetáculo. Pode conter elementos acrobáticos e elevações.

Segundo Kátia Lemos, mesmo sem elementos de dificuldade, paradoxalmente o Aerodance é muito difícil. “Exige-se um padrão de execução dançado. Os oito ginastas têm que se apresentar como se fossem um só, tendo que mostrar muita qualidade e sincronismo”, diz a Coordenadora.

A primeira participação do Brasil em um Mundial com essa prova foi em 2016, em Incheon, na Coreia do Sul. Logo de cara, a equipe brasileira foi para a final e se classificou para os World Games do ano seguinte.

“Devido ao nível da apresentação, despertamos o interesse da Secretaria Técnica da FIG (Federação Internacional de Ginástica), que na ocasião nos convidou para elaborar e fazer a apresentação no Gala dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Desde então tivemos ótimos resultados em competições internacionais”, afirma Maciel. “Estamos desenvolvendo um trabalho em parceria entre os atletas da Seleção Brasileira, independentemente de clube, para compor uma equipe do Brasil para o próximo Mundial”, afirma o professor, referindo-se ao evento que será disputado em Baku, no Azerbaijão, no final de maio. O trabalho está sendo desenvolvido na UFLA (Universidade Federal de Lavras).

Segundo Kátia, por não apresentar elementos de dificuldade, muitos treinadores não viam o Aerodance caracterizado como Ginástica Aeróbica. “Confesso que eu tinha um pé atrás com essa prova. Mas o Luiz resolveu encarar o desafio de trabalhar com Aerodance e acabou contagiando outras pessoas. Hoje vejo o Aerodance como uma forma de popularizar e massificar a prática da Ginástica Aeróbica”.

Ao longo da ação, foi feita uma apresentação dos fundamentos da prova, abordando sua origem, objetivos e desenvolvimento.

Na visão de Maciel, o Aerodance pode funcionar como uma porta de entrada para o universo da Ginástica Aeróbica. “Ela proporciona uma boa base coreográfica e de desenvolvimento de características importantes da GAE, além do desenvolvimento de capacidades físicas específicas da modalidade”, pondera o treinador.

 

 

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