Público da GR respira fundo, à espera das séries de Natália e de Bárbara

22.03.2021  |    932 visualizações

As duas representantes do Brasil no individual entram em ação a partir de sexta-feira, na etapa de Sófia da Copa do Mundo, depois de longa pausa nas competições

 

Da Redação, São Paulo (SP) - Depois de uma longa espera, que chegou a parecer interminável, as representantes do Brasil nas disputas individuais de Ginástica Rítmica, Natália Gaudio e Bárbara Domingos, voltam a competir nesta sexta-feira, na Arena Armeets, na etapa de Sófia da Copa do Mundo, na Bulgária.

As expectativas em torno das séries das duas ginastas, repletas de novidades, não são pequenas. A competição vai servir como parâmetro visando ao Campeonato Pan-Americano, que será realizado em junho, no Rio, e classificatório para os Jogos Olímpicos.

Mesmo sendo experiente, com participação olímpica no currículo, nos Jogos do Rio, Natália Gaudio está ansiosa para voltar a uma quadra, sob os olhares de uma banca de arbitragem. “Temos duas sensações distintas: a primeira é a alegria de voltar a competir, porque competição é algo prazeroso. Tínhamos um vazio, que não estávamos conseguindo preencher. E a segunda sensação é de reflexão em cima de tudo isso que vivemos: agora precisaremos fazer mudanças, necessitamos de novas posturas para que o esporte possa continuar”, diz a treinadora da ginasta capixaba, Mônika Queiroz.

Bárbara também tem motivos especiais para esperar muito desse momento. “Minha sensação geral é uma das melhores, depois de ter ficado tanto tempo sem competir. Estou muito feliz e animada, com várias emoções misturadas: felicidade e um pouco de receio também. É o passo inicial em 2021 do nosso grande sonho. Tenho certeza de que tudo vai dar certo”, diz Bárbara, que conquistou a prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, na fita. Devido a uma lesão e à pandemia, a curitibana não compete há um ano e meio.

Além de ter parado de competir, Bárbara também ficou sem treinar por cinco meses. A treinadora Marcia Naves mais uma vez aposta na resiliência e na capacidade de superação da ginasta para que o sonho de ir a Tóquio se mantenha vivo. “A Babi é uma fênix, renasce das cinzas. Depois de parar completamente por cinco meses para tratar uma lesão, que ainda existe, ela se supera a cada dia. Estamos evoluindo a passo de formiguinha na preparação, mas a força de vontade dela é tão grande que supera qualquer obstáculo. Com certeza, vai brigar com todas as suas forças por essa vaga olímpica”.

Entre os fãs brasileiros da GR, a expectativa maior em torno das séries de Bárbara recai sobre a série de fita, embalada por um samba. “Trabalhamos com um ritmo tipicamente brasileiro. A Babi vem com um collant inspirado nas roupas das passistas de Escola de Samba, e ela vai mostrar samba no pé. Ficou a cara do Brasil e combinou muito com ela”, observa Marcia. “O collant está muito bonito. A série também está muito boa, criativa. Acho que vai impactar bastante gente”, complementa Bárbara, que lembra que as séries dos outros aparelhos também estão caprichadas. “Todas as séries estão fortes. Tivemos que fazer alguns ajustes para deixá-las mais redondinhas e poder fazê-las com segurança, porque é a primeira competição do ano”, acrescenta a ginasta.

Curiosamente, as expectativas em torno de Natália também se voltam especialmente para o aparelho fita. Houve a reedição de uma parceria campeã, com a búlgara Mariana Vasileva, que é, desde 2009, head coach de GR na Federação do Azerbaijão. A profissional assinou a elogiada coreografia de bola que Natália apresentou na Rio de 2016, ao som de “Bandolins”, o primeiro grande sucesso de Oswaldo Montenegro, de 1979.

“A Mariana é uma amiga querida. Foi muito bacana porque essa parceria se deu por aplicativos de compartilhamento de imagens, e agora ela poderá ver a série no ginásio. Já trabalhamos presencialmente algumas vezes antes, e foi incrível”, diz Mônika.

A experiente treinadora chama a atenção para as outras séries de Natália, que mostram, segundo ela, que sua pupila é uma ginasta completa. “As séries da Natália estão supercriativas, diferentes, cada uma com uma ideia-guia bem distinta, e foram escolhidas justamente segundo esse critério, para reunir diferentes estilos”.

 

 

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