Brasil brilha nas finais por aparelhos e termina o Pan com nove ouros

06.06.2021  |    1.080 visualizações

Caio Souza se destacou, conseguindo cinco medalhas de ouro

Da Redação (SP) -No dia das finais por aparelhos, a Ginástica do Brasil mais uma vez foi soberana no Campeonato Pan-Americano, na Arena Carioca 1. Caio Souza, que já havia conquistado o ouro no individual geral e na competição por equipes, somou mais três peças à sua coleção: foi o primeiro colocado também nas argolas (14.700), no salto sobre a mesa (14.575) e nas paralelas (14.900). O generalista deixou o ginásio com cinco medalhas de ouro. Nas paralelas, Diogo Soares, competindo mais solto depois de conquistar, na sexta-feira, a vaga para o Brasil, assegurou um bronze (14.050), atrás do colombiano Javier Sandoval (14.500).

Mesmo com todas essas conquistas, o atleta, um perfeccionista, ainda estava se lamentando, à tarde, por uma queda do cavalo com alças, sofrida pela manhã, que lhe tirou as chances de obter uma sexta medalha. “Fico me remoendo um pouco por causa do cavalo, porque a gente treina muito. Mas, apesar disso, estou muito feliz pelos resultados. O Campeonato Pan-Americano foi um bom esquenta para os Jogos Olímpicos. Agora só falta a reta final da preparação. É caprichar um pouco mais nuns passinhos, uma postura aqui e outra ali”.

Nas paralelas assimétricas, Lorrane Oliveira, com uma execução muito próxima da perfeição, sagrou-se campeã, com a nota 13.867. Christal Bezerra, também muito técnica, completou a dobradinha brasileira, com 12.967. A argentina Martina Dominici assegurou o bronze, com 12.767.

Outro grande destaque brasileiro nas finais foi Ana Luiza Lima. Ao som de um tango de Astor Piazzolla, a jovem paranaense, com uma exibição intensa e muito graciosa, conquistou a medalha de ouro no solo, com a nota 12.967. Christal fez companhia a Ana no pódio, ao faturar o bronze, com 12.767. Entre as duas brasileiras ficou a argentina Martina Dominici (12.800).

Mais um talento em ascensão, Júlia Soares, de apenas 16 anos, conseguiu a medalha de bronze na trave, logo em sua primeira competição da categoria adulta. Com a nota 12.333, ficou atrás apenas da costa-riquenha Luciana Alvarado (13.033), que se classificou para a Olimpíada, e da mexicana Paulina Martinez.

No solo, o jovem Tomás Florêncio brilhou, com vários saltos cravados, e conquistou a medalha de prata (13.100). O brasileiro foi superado apenas pelo equatoriano Israel Chiriboga (13.550). O argentino Julian Jato (13.050) completou o pódio.

No cavalo com alças, nosso maior especialista no aparelho, Francisco Barretto Júnior, não cometeu grandes falhas, mas apresentou alguns probleminhas na execução. A prova foi bastante equilibrada. Os três finalistas obtiveram a mesma nota (13.000). A definição das medalhas se deu pelos critérios de desempate e, como a execução do brasileiro foi a pior entre os três, ele ficou atrás do argentino Santiago Mayol e do colombiano Javier Sandoval.

Arthur Nory, campeão mundial na barra fixa, não conseguiu reeditar a bela atuação na fase classificatória e acabou ficando na oitava colocação, com 11.500. Diogo Soares foi o sétimo (12.500). O pódio foi formado pelos colombianos Javier Sandoval (13.900) e José Manuel Martinez Moreno (13.300) e pelo argentino Santiago Mayol (12.900).

No quadro geral de medalhas, o Brasil terminou com nove ouros, duas pratas e cinco bronzes. A Colômbia somou dois ouros, seis pratas e três bronzes. A Argentina conseguiu dois ouros, cinco pratas e sete bronzes. Já o México obteve um ouro, três pratas e um bronze. Os Estados Unidos, depois de assegurar uma vaga individual, por meio de Paul Juda, optou por não disputar as finais por aparelhos.

 

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