Da Redação (SP) - E enfim chegou o grande momento. Depois de muitos meses de percalços, de ginásios fechados, treinos remotos pela internet, estágio de treinamento no exterior e retomada das atividades no Brasil, a Ginástica Rítmica do País chega ao Campeonato Pan-Americano com possibilidade de conquistar vaga olímpica na disputa de conjuntos e no individual.
Devido a problemas com a covid-19, a Seleção de Conjunto só pôde disputar a etapa de Baku da Copa do Mundo, no mês passado. Uma oportunidade apenas de mostrar o que pode fazer antes do Pan, e muito bem aproveitada: numa disputa que reuniu grandes potências da modalidade, o Brasil ficou em sétimo lugar na soma das séries de cinco bolas e na de três arcos e dois pares de maças: 75.100. Os Estados Unidos, que também disputam vaga no Pan, obtiveram a 14ª posição (64.250).
Já o México, ouro no geral nos Jogos Pan-Americanos de Lima (com EUA em segundo e Brasil em terceiro), confirmou que vem forte ao somar 75.600 na etapa de Pesaro, na Itália, no final de maio.
“Tivemos um grande resultado em Baku, para dar confiança, segurança e energia para o nosso time, que se superou graças a um trabalho conjunto das atletas, árbitros, patrocinadores, entidades, e de uma grande equipe de profissionais que compõem nossa equipe multidisciplinar”, disse Camila Ferezin, treinadora da Seleção de conjunto.
Na disputa individual, as representantes do Brasil apresentaram bom desempenho nas etapas da Copa do Mundo de que participaram, em Sófia, Tashkent e Baku. Uma delas (ora Natália Gaudio, ora Bárbara Domingos), foi sempre a melhor do continente, depois das representantes dos Estados Unidos, que já classificaram duas ginastas para os Jogos de Tóquio e não concorrem por vagas individuais no Pan do Rio.
Bárbara Domingos se destacou sobretudo em Baku – em três aparelhos, conseguiu sua melhor nota no ano, mostrando crescimento ao ganhar ritmo de competição. “Nosso planejamento previa isso, ir aumentando as notas em cada competição”.
A ginasta paranaense, que apresentará uma série muito elogiada na fita, movida a samba, sente-se num momento muito especial. “Estou feliz e grata por estar aqui, no meu primeiro ciclo olímpico. Tudo isso é recompensa de muitos anos de trabalho e dedicação”.
Natália Gaudio, que participou dos Jogos Olímpicos do Rio, tenta emplacar sua segunda participação olímpica consecutiva. A atleta capixaba está confiante no trabalho realizado. “Treinei muito, mesmo durante aquele tempo em casa, nunca deixei de treinar. Traçamos as estratégias e planos com o objetivo de conseguir notas bem altas. Acho que estou no caminho certo”, diz a atleta.
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