Apoiado pelo Prevent Senior NewOn, fera do tênis em cadeira de rodas sonha com a sexta participação nos Jogos Paralímpicos

04.10.2022  |    609 visualizações

Maurício Pommê relembra fatos marcantes de uma carreira de 23 anos no esporte

Da Redação (SP) - Tenista habilidoso, de primeira classe, Maurício Pommê já encaminhava, em 1997, uma carreira de empresário, arrendando uma academia no bairro paulistano do Tatuapé, pois não tinha recursos financeiros suficientes para disputar torneios no exterior e amealhar pontos, dentro de um projeto profissional. Ao trocar uma telha, preparando-se para enfrentar os temporais da época do fenômeno El Niño, em 1997, o atleta sofreu uma queda de 13 metros de altura. Depois de ficar paraplégico e de passar por três vezes pela UTI, Maurício iniciou uma carreira memorável no tênis em cadeira de rodas, com participação em cinco edições dos Jogos Paralímpicos: Atenas, Pequim, Londres, Rio de Janeiro e Tóquio. Ao longo desse percurso, ele foi campeão em duplas (ao lado de Carlos Alberto dos Santos) dos Jogos Parapan-Americanos de 2007 e campeão mundial por equipes em 2006.

Até hoje, Maurício lembra das fortes emoções que sentiu ao entrar com a delegação brasileira na pista de atletismo do Estádio Spiridon Louis, em Atenas, na primeira Paralimpíada de sua vida. “Fazer parte daquele desfile, naquele estádio lotado, foi algo que me tocou muito. Lembrei de tudo o que havia passado até ali. O processo em torno da lesão que sofri foi muito duro, fiquei internado por três meses. O esporte me trouxe muitas alegrias, muitas experiências. Rodei o mundo jogando tênis, os cinco continentes, e sou muito grato por isso”.

Hoje, aos 52 anos, Maurício se prepara para disputar dois torneios e ir atrás de pontos no ranking, de olho numa vaga para disputar os Jogos Paralímpicos de 2024. “O circuito de tênis paralímpico aqui no Brasil ainda não se recuperou do baque da pandemia. Os torneios não aconteceram e hoje tenho apenas três participações no período de um ano; o normal eram oito ou dez”, explicou o atleta, que chegou a ser o 34º do mundo no ranking de simples e o 29º em duplas.

Nessa luta pelos pontos, Maurício conta com o suporte do Prevent Senior NewOn, num contexto bem complicado. “Nós temos apenas duas classes no tênis paralímpico. Por ser paraplégico, não tenho mais a musculatura do abdome, que é fundamental para nos dar equilíbrio na cadeira. E tenho que enfrentar adversários com menos lesões. Alguns até andam, o que significa uma disparidade muito grande”.

De qualquer forma, conseguindo ou não participar dos Jogos de Paris, Maurício já se sente realizado. “O esporte me deu muita coisa, me permitiu muitas vivências. Hoje sou um atleta profissional do tênis paralímpicos, e também faço palestras e exibições. Numa delas, coloco as pessoas para ter uma experiência numa cadeira de rodas. Sentindo as dificuldades, elas conseguem ver como a vida delas é boa, e nem sempre sabem dar valor. Funciona bastante”.

 

 

 

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