Brasil alcança boa pontuação nas classificatórias e se mantém na disputa pela vaga olímpica por equipes.

30.09.2023  |    378 visualizações

Performance atingiu o objetivo estabelecido pela comissão técnica

Da Redação (SP) - Com uma equipe formada por jovens atletas, a Seleção Brasileira de Ginástica Artística Masculina superou desafios e, com muita união, fez sua parte na busca da classificação da equipe para os Jogos Olímpicos de Paris. E, com consistência e poucos erros, Arthur Nory, Bernardo Actos, Diogo Soares, Patrick Corrêa e Yuri Guimarães registraram uma pontuação muito boa: 245.295. Resta agora esperar – a segunda parte da qualificação masculina disputada neste domingo – para se saber se a vaga olímpica de fato virá.

Para se ter uma ideia, o resultado na Antuérpia ficou bem próximo daquele registrado no Mundial anterior, em Liverpool. Na competição disputada à margem do rio Mersey, o Brasil havia somado 245.394 pontos, o que significou a sétima colocação.

A equipe brasileira se destacou inicialmente nas paralelas. Outro grande desempenho foi o progresso no salto, com menção especial a Arthur Nory, que obteve nota 14.700 com um Yurchenko com duas piruetas e meia cravado.

No individual geral, o maior destaque brasileiro foi o jovem Diogo Soares, que somou 81.064 pontos, e reúne chances de ir para a final. Patrick, com 79.931, também teve pontuação expressiva.

“Eu experimentei um mix de sensações nesta competição. Faz uns dois ou três meses que quebrei o pé. Estava empolgado para fazer esses seis aparelhos, competir bem e ajudar a equipe. Competimos superbem. Na verdade, na competição, a gente foi melhor do que nas avaliações que vínhamos fazendo. Isso é muito bom para a gente e para a ginástica do nosso País. Soubemos trabalhar em equipe, vibramos. Mostramos o que é o Brasil. Agora é aguardar pela classificação olímpica, que vai vir”, disse Diogo.

Patrick, peça-chave para o grande desempenho brasileiro, conta como fez para lidar com as fortes emoções que sentiu. “Teve o nervosismo, claro, de competir em meu primeiro Mundial. Mas busquei a calma, busquei a realização do que treinei. Venho trabalhando o ano inteiro, na verdade. Era só manter a cabeça no lugar para fazer aquilo que sei. Estou feliz demais com meu desempenho e principalmente por ter ajudado a equipe. Nosso objetivo já foi atingido, porque o que queríamos era passar bem pela competição”.

O Coordenador de Ginástica Artística Masculina da CBG, Hilton Dichelli Júnior, fez uma síntese sobre aquilo que viu no Sportpaleis neste sábado. “A gente passou por uma sequência de avaliações. Esses meninos foram crescendo no decorrer do período. Hoje alcançamos a maior pontuação em toda essa trajetória. Eles conseguiram concretizar um trabalho no ápice. Claro que alguns erros podem acontecer, mas a equipe estava muito coesa. Eles se completaram e alcançaram uma pontuação muito semelhante à que a equipe somou no ano passado. A gente mantém um nível alto com atletas novos. Isso é excelente para a nossa renovação. Tudo isso nos deixa satisfeitos, com a perspectiva de que o trabalho está no caminho”.

O treinador Cristiano Albino também destacou a união da equipe. “As falhas ocorreram, mas também houve muita superação. Cada um sabia de sua responsabilidade em cada aparelho. Todos souberam trabalhar como uma engrenagem. Um supre a falta que o outro faz. A equipe, que é nova, está de parabéns. É hora de agradecer a cada membro da nossa equipe multidisciplinar e a cada patrocinador e apoiador. O trabalho foi muito bem feito”.

Arthur Nory, que exerceu a função de líder da jovem equipe, resumiu o que viveu no Sportpaleis. “Todo mundo tem um papel muito importante na equipe. O meu foi dar essa tranquilidade aos meninos, para eles lembrarem de serem felizes e de torcerem um pelo outro a todo o momento. Buscamos fazer aquilo para o que nos preparamos. Teve pedras no caminho, mas mostramos que temos uma equipe muito homogênea e preparada. Não poderia estar mais orgulhoso deles e do meu país”.

 
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