Alto nível da Ginástica de Trampolim no continente torna competição acirrada

02.11.2023  |    205 visualizações

Estreia do sincronizado na programação do evento promete espetáculo vistoso e emocionante

Da Redação (SP) - É bem verdade que, em muitas competições dos Jogos Pan-Americanos, o alto nível dos atletas torna o evento muito especial. Isso é particularmente verdadeiro na Ginástica de Trampolim. Como o Canadá é uma potência consolidada na modalidade, os Estados Unidos são fortes, e o México e a Colômbia têm alguns bons resultados, a GTR em Santiago promete competição acirrada e muito emocionante. Nesse contexto, como está o Brasil? Encabeçado por Camilla Gomes, dona de medalhas importantes e de notas expressivas neste ano, o pelotão brasileiro chegou à capital chilena com sede de conquistas – e com chances de alcançá-las. Antes de mais nada, no entanto, os ginastas da delegação verde-amarela reconhecem que as dificuldades serão elevadas. Camilla inicia a análise:

“Os Estados Unidos são muito fortes na Ginástica como um todo. O Canadá é particularmente muito forte no trampolim. A bicampeã olímpica 2012-16 é canadense (Rosannagh MacLennan). Ela parou depois dos Jogos de Tóquio, mas o Canadá vem forte. Querendo ou não, desde 2011 só os canadenses foram os vencedores nos Jogos Pan-Americanos, no masculino e no feminino”, diz a ginasta carioca.

Quem também está animada é Alice Hellen. Em sua segunda participação em edições dos Jogos Pan-Americanos, a atleta mineira chegou a Santiago com a confiança redobrada. Além de acreditar em si mesma na competição individual, ela também se empolgou bastante desde que soube que o sincronizado entrou na programação do evento. Afinal, a dupla formada por ela e Camilla já chegou até a liderar o ranking da Federação Internacional de Ginástica da prova.

“Os Jogos Pan-Americanos são uma competição especial para mim. Estou muito feliz por estar aqui. Esta é a minha segunda participação neste evento. Quando soube que o sincronizado havia entrado na programação, senti uma realização. O sincronizado não é olímpico, e a gente vem lutando muito para que a modalidade seja mais conhecida, para que mais pessoas assistam. Fiquei muito feliz. Isso é muito especial. E, claro, a gente quer acertar, quer ganhar. Vamos fazer de tudo para levar essa medalha para o Brasil”.

Rayan Dutra, classificado para o evento desde que conquistou o ouro nos Jogos Pan-Americanos Júnior, em Cáli, no já distante mês de dezembro de 2021, desfrutou das vantagens de estar garantido no prestigioso evento com tanta antecedência. “Minha autoconfiança vem crescendo desde que conquistei o título nos Jogos Pan-Americanos Júnior. Meu objetivo naquela competição na Colômbia já era me classificar para este evento. Eu me classifiquei para os Jogos Pan-Americanos dois anos antes da realização desta competição. Durante esse longo tempo, venho trabalhando em busca desse objetivo”.

Dutra classifica a competição no individual masculino como simplesmente imprevisível. “A gente tem um grupo muito forte aqui no Pan. Na competição masculina, se a gente for olhar as principais competições do ano, os atletas mais destacados do continente obtiveram notas bem parecidas. Meus principais adversários, eu diria, são o Ángel, da Colômbia, os norte-americanos e o canadense. A gente tem um grupo muito forte, composto por uns cinco atletas, e esses estão entre os que podem ganhar medalha. Está bem forte a competição”.

Lucas Junio Tobias, atleta de Ouro Preto, sonha com algo histórico. Afinal, uma medalha na estreia do sincronizado em Jogos Pan-Americanos seria algo para lá de especial no currículo de qualquer um. “As minhas expectativas pessoais são as melhores possíveis. Eu e Rayan temos grandes chances de medalhar no sincronizado. No individual, num primeiro momento, a minha meta era estar presente neste evento. Agora, uma vez aqui, quero buscar uma final. E, uma vez dentro da final, quero buscar uma medalha para o Brasil. Estou muito feliz. Tô treinando bem e espero apresentar uma ótima série e bater os meus recordes”.

 

CONFIRA A COMPOSIÇÃO DOS PÓDIOS NA GTR NOS JOGOS PAN-AMERICANOS DESDE A EDIÇÃO DE GUADALAJARA-2011

 

2011

FEMININO – ROSANNAGH MACLENNAN (CANADÁ), DAKOTA EARNEST (EUA) E ALAINA WILLIAMS (EUA)

MASCULINO – KEEGAN SOEHN (CANADÁ), RAFAEL ANDRADE (BRASIL) E JOSÉ ALBERTO VARGAS (MÉXICO)

 

2015

FEMININO - ROSANNAGH MACLENNAN (CANADÁ), DAFNE NAVARRO (MÉXICO) E KAREN COCKBURN (CANADÁ)

MASCULINO – KEEGAN SOEHN (CANADÁ); STEVEN GLUCKSTEIN (EUA) E ÁNGEL HERNÁNDEZ (COLÔMBIA)

 

2019

FEMININO – SAMANTHA SMITH (CANADÁ), NICOLE AHSINGER (EUA) E DAFNE NAVARRO (MÉXICO)

MASCULINO – JÉREMY CHARTIER (CANADÁ), JEFFREY GLUCKSTEIN (EUA) E RUBÉN PADILLA (EUA)

 

QUADRO DE MEDALHAS NA GTR DESDE 2011 NOS JOGOS PAN-AMERICANOS

1- CAN 6,1,0

2- EUA 0,4,1

3- MEX 0,1,2

4- BRA 0,1,0

5- COL 0,0,1

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