Bárbara e Maria Eduarda fazem mais duas dobradinhas em Santiago

04.11.2023  |    357 visualizações

Virou rotina na capital chilena: as duas brasileiras dividiram fraternalmente ouros e pratas em jogo neste sábado

Da Redação (SP) - Se tem Ginástica Rítmica, tem medalhas para o Brasil. E muitas. O torcedor que acompanha os Jogos Pan-Americanos logo descobriu que funciona desse jeito em Santiago. Neste sábado, Maria Eduarda Alexandre confirmou que é um talento esplêndido. A garota-prodígio conquistou o ouro nas maças, e teve a companhia no pódio de Bárbara Domingos, que levou a prata. Já na fita, as duas inverteram as posições.

Embalada pelo som do Rei do Rock, Duda empolgou a plateia do Centro de Esportes Coletivos, não muito diferente do que fazia Elvis em Las Vegas. A adolescente recebeu nota 33.000 manejando o par de maças enquanto “A Big Hunk o' Love” soava no sistema de som do ginásio. Trata-se do lado A de um compacto originalmente gravado em 1958, o primeiro ano de serviço militar do Rei na Alemanha. 

Já a curitibana Babi evoluiu em outro ritmo, o samba e, com muita graça e ginga, obteve 31.000 pontos, o suficiente para ficar à frente da medalhista de bronze.

Como a repartição dos ouros e pratas foi perfeita neste sábado, na fita Bárbara é que levou a melhor. Em seu aparelho favorito, a campeã no individual geral em Santiago foi brindada com a nota 31.750. Ficou abaixo dos 32.150 da fase classificatória, mas quem de fato se importa com isso? Duda foi a vice, com 31.600. A norte americana Evita Griskenas conseguiu o bronze nos dois aparelhos. Na fita, registrou 31.000. Nas maças, a nota foi 30.500.

“Nas finais, os árbitros costumam ser mais rigorosos. Por outro lado, a gente também está um pouco mais desgastada. Alguns movimentos não saem como deveriam. Mas faz parte”, explicou a campeã na fita.

Solange Paludo, treinadora de Maria Eduarda, não cabia em si de contentamento. “A Maria vive o primeiro ano da transição do juvenil para o adulto. A gente não costuma esperar o melhor das ginastas nesse período, porque não é fácil. E esta competição mostrou pra nós que ela entrou com tudo na categoria adulta. A mudança é bem grande. Exige-se mais resistência física. É preciso aguentar a coreografia até o final. O tamanho da fita muda. Nesse caminho, houve muitas falhas, o que é natural, mas ela já está em outro nível”.

Outra atleta que teve pouco pescoço para muita medalha foi Bárbara. Ao todo, foram três de ouro e duas de prata. Uma baita evolução para quem saiu de Lima, quatro anos atrás, “apenas” com a prata na fita. “O nosso objetivo era mesmo sair daqui com cinco medalhas. Saio com três de ouro e duas de prata. Quatro anos atrás, consegui uma de prata, e já foi histórico para o nosso país. Devo dizer que isso tudo é fruto de um trabalho muito bem feito”, resumiu a melhor atleta da GR no continente.

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