Irmãos goleiros do handebol levam cumplicidade para dentro das quadras
18.12.2013
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Marcão
Gabriel Inamine/Photo&Grafia
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Maik
Gabriel Inamine/Photo&Grafia
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Marcão e Maik
Gabriel Inamine/Photo&Grafia
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Maik e Marcão
Gabriel Inamine/Photo&Grafia
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Maik e Marcão
Gabriel Inamine/Photo&Grafia
Marcão e Maik somam 13 anos jogando juntos e alguns em lado opostos, como nesta Liga Nacional
Anápolis (GO) - Maik e Marcão se conhecem muito bem e compartilham uma cumplicidade que fica nítida dentro e fora das quadras. Os goleiros irmãos do handebol tem muita história para contar. São 13 anos jogando juntos em clubes e na Seleção Brasileira e alguns em lados opostos da quadra, como ontem (17), em partida válida pela primeira rodada das semifinais da Liga Nacional Masculina de Handebol, no Ginásio Internacional Newton de Faria, em Anápolis (GO). Defendendo suas atuais equipes - Maik pelo TCC/Unitau/Fecomerciarios/Tarumã/Taubaté (SP) e Marcão pelo Esporte Clube Pinheiros (SP) - os dois brilharam de baixo das traves e foram os nomes do equilibrado confronto, que terminou com vitória da equipe do interior Paulista, por 23 a 21. Eles voltam a entrar em ação nesta quarta-feira (18), às 20h, para decidir quem garante vaga na final.
A caminhada deles no handebol começou na Metodista/São Bernardo/Besni (SP), em 1993 para Marcão (mais velho, 37 anos) e em 1994 para Maik (caçula, com 33). Assim seguiram juntos por nove anos, se revezando no gol e dividindo momentos de vitórias e derrotas, entre eles títulos paulistas e nacionais. Em 2004, Maik foi para a Europa, onde ficou por quatro meses. Voltando ao Brasil, jogou em Londrina (PR) durante um ano e conquistou o então inédito título da Liga Nacional para a equipe do Sul. Os caminhos voltaram a se encontrar no Esporte Clube Pinheiros (SP): Maik transferiu-se para o time em 2006 e Marcão em 2008. Foram mais quatro anos de parceria, até Maik chegar ao TCC/Unitau/Fecomerciarios/Tarumã/Taubaté (SP), em abril deste ano.
No tempo em que jogavam na mesma equipe, decidiam quem estava melhor para começar e quem entraria no segundo tempo. Cada um com suas características sabiam que podiam ajudar um ao outro. "O Maik tem velocidade, eu tenho leitura de jogo e por aí vai. Temos estilos diferentes que se complementam e funcionam para cada um, o que ajuda muito quando jogamos juntos. Se um não está bem, o outro entra e dá conta do recado. É uma estratégia de jogo que sempre deu certo, até mesmo por conhecermos tanto um ao outro, e nos trouxe muitos títulos", contou Marcão.
Na mesma linha de pensamento do irmão, Maik comentou sobre a rivalidade para estar em quadra, que acaba não existindo. "Normalmente, esperamos uma oportunidade em que o outro goleiro não esteja tão bem para poder entrar. Mas não tínhamos essa vaidade. Queríamos sempre o melhor para o outro." Marcão emendou, contando sobre um campeonato. "Uma vez, em um Mundial de Clubes pela Metodista, eu acabei jogando os sessenta minutos porque estava bem e, mesmo não me substituindo, encontrei o Maik com lágrimas nos olhos, me dizendo que estava emocionado pelo jogo que eu tinha feito. Isso é muito bom."
Eles também têm boas histórias para contar dede que se enfrentaram pela primeira vez, em 2006, quando Maik estava no Pinheiros (SP) e Marcão ainda na Metodista (SP). Marcão revelou que, de vez quando, os dois trocam olhares durante as partidas. "Em uma oportunidade, jogamos contra na final do Campeonato Paulista. O jogo foi bastante disputado e, nos últimos minutos, eu agarrei umas três bolas. Aí olhei para o Maik querendo dizer acho que não vai mais dar tempo de você tentar recuperar. Depois, conversando, ele me disse eu entendi a cara que você fez aquela hora, contou. Quando entram em quadra em lados opostos, conhecem melhor que ninguém a qualidade do goleiro que estará do outro lado, como foi ontem pela Liga Nacional. "Se jogamos um contra o outro é sempre equilibrado e com certeza será assim hoje de novo. As defesas acabam fazendo diferença e, geralmente, quem erra menos vence", destacou Maik. "Meus companheiros de time me perguntam como faz para arremessar no Marcão e digo que ele eu não entrego", brincou.
Liga Nacional - Pela outra semifinal, o Metodista/São Bernardo/Besni (SP) venceu o Unimed/UEM/Maringá (PR) ontem, por 34 a 30. As equipes também voltam a se enfrentar hoje para decidir quem garante vaga na final e encara TCC/Unitau/Fecomerciarios/Tarumã/Taubaté (SP) ou Esporte Clube Pinheiros (SP). As paridas estão sendo realizadas no Ginásio Internacional Newton de Faria, em Anápolis (GO), e terão transmissão dos canais SporTV. Os torcedores podem adquiri ingressos na bilheteria, doando um quilo de alimento não perecível. Os duzentos primeiros ganharão camiseta da torcida do handebol brasileiro, e serão sorteadas camisas oficiais da Seleção Brasileira.
Confira a tabela:
Terça-feira (17)
Metodista/São Bernardo/Besni (SP) 34 x 30 Unimed/UEM/Maringá (PR)
TCC/Unitau/Fecomerciarios/Tarumã/Taubaté (SP) 23 x 21 Esporte Clube Pinheiros (SP)
Quarta-feira (18) - SporTV
18h - Metodista/São Bernardo/Besni (SP) x Unimed/UEM/Maringá (PR)
20h - TCC/Unitau/Fecomerciarios/Tarumã/Taubaté (SP) x Esporte Clube Pinheiros (SP)
Sexta-feira (20) - SporTV
17h - Decisão de terceiro e quarto lugares
21h30 - Final
Serviço
Finais da Liga Nacional Masculina de Handebol
Data: 17, 18 e 20 de dezembro
Local: Ginásio Internacional Newton de Faria - Avenida Senador José Lourenço Dias, s/nº - Centro - Anápolis (GO)
Troca de ingressos: na bilheteria do ginásio, por um quilo de alimento não perecível