Nos Jogos Olímpicos, Rafael Andrade busca resultado inédito para a ginástica de trampolim
18.02.2016
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Rafael Andrade com a medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de 2011
Ricardo Bufolin/CBG
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Rafael Andrade
Divulgação
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Rafael Andrade
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Pela primeira vez na história Brasil contará com um representante na modalidade
Santo André (SP) - Estar nos Jogos Olímpicos é a realização de um sonho para qualquer atleta, ainda mais quando ele tem a oportunidade de ser o primeiro representante do País na história de uma modalidade. Antes de chegar o momento de entrar na Arena Olímpica do Rio de Janeiro, em agosto, a cabeça de Rafael Andrade, goiano de 29 anos e há 20 na ginástica de trampolim, não pensa em outra coisa senão na maior competição esportiva do planeta.
"Essa conquista é a realização do meu maior sonho como ginasta. Eu me sinto ainda mais honrado por ser o primeiro atleta da ginástica de trampolim brasileira nos Jogos Olímpicos, principalmente por ser em casa. Terei a oportunidade de compartilhar esse momento inesquecível com grande parte da comunidade do trampolim do Brasil, que poderá estar presente na arena", comemorou.
Antes de entrar definitivamente para a história da ginástica de trampolim brasileira, Rafael tem treinado de maneira ainda mais forte e intensa. O ginasta vive em Poole, na Inglaterra, desde 2014, e acredita que estar um pouco mais distante de casa ajuda a focar 100% na preparação. Após um breve período de férias em Goiânia (GO) e no Rio de Janeiro (RJ), ele repôs as baterias e voltou com tudo para a Europa.
"Assim que voltei à Inglaterra já recomecei os treinos para valer. Temos dois meses antes do evento-teste e vou me dedicar ainda mais às séries, que deverão ter algumas mudanças para os Jogos Olímpicos em relação ao último Mundial, em novembro do ano passado, quando conquistei a vaga olímpica. Pretendo aumentar 0,6 décimos na dificuldade e focar também em ganhar mais altura na série livre, que é um dos componentes finais da nota", explicou Rafael, que na sequência do evento-teste, em 20 de abril, participará de etapas de Copa do Mundo a partir de maio.
Nos Jogos Olímpicos, a meta de Rafael é atingir a melhor performance da carreira em um evento internacional de altíssimo nível. "Meu objetivo é fazer uma prova limpa, sem falhas técnicas e poder ter o meu melhor somatório total em competições. Estou treinando totalmente focado nisso", declarou o goiano, fã dos ginastas canadenses Karen Cockburn, Rosie Maclennan e Jason Burnett. "Eles são atletas especiais para mim, que admiro bastante pela capacidade não só técnica, mas também de saber lidar com as emoções e não se afetar", completou.
Por falar em emoções, apesar de experiente e de já ter garantido resultados importantes para a ginástica de trampolim brasileira, entre eles a inédita medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, em 2011, Rafael também se preocupa com a parte psicológica. "Levo bastante em consideração a experiência que tenho com anos de ginástica. Quero estar bem fisicamente e tecnicamente para controlar melhor o lado psicológico, no sentido de fazer nos Jogos Olímpicos mais uma vez as séries que já repeti inúmeras vezes em treinos e competições. Pretendo me sentir confortável quando estiver dentro da área de competição, até porque sei que terei minha família e amigos torcendo por mim lá dentro. Essa é a recompensa de muito trabalho feito nesses últimos anos. Tudo está valendo a pena", concluiu.
As apresentações da ginástica de trampolim nos Jogos Olímpicos serão na Arena Olímpica do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, nos dias 12 de agosto, com as provas do feminino, e 13 de agosto, com o masculino. A modalidade contará com a presença de 32 atletas.