CBG lança Comissão Ciência e Educação

08.01.2021  |    596 visualizações

Conselho terá a função de laboratório de ideias relacionadas à formação, à busca de ligação entre universidade e treinamento e ao cultivo da memória

Da Redação, São Paulo (SP) - O ano de 2021 da Ginástica Brasileira já começa com uma excelente notícia: a Confederação Brasileira de Ginástica lança a Comissão Ciência e Educação (CCE), que será um laboratório de ideias com importantes atributos para o desenvolvimento da modalidade no País. O coordenador será o professor doutor Marco Antonio Coelho Bortoleto, que é membro da Comissão de Educação da Federação Internacional de Ginástica (FIG) desde 2017 e membro do Comitê de Ginástica Para Todos (GPT) da FIG desde 2012.

“A CCE será um conselho com função consultiva, não executiva, que terá a função de assessorar a CBG nessas áreas. Nosso propósito é contribuir com ideias, orientar e indicar caminhos na área de educação. Nós nos propomos a identificar qual é o tipo de formação demandada pela sociedade e levar isso à CBG”, afirma Bortoleto, que se graduou em Educação Física pela Unimep e tem Mestrado em Educação Física pela Unicamp e Doutorado pela Universidade de Lleida (Espanha). Ele foi professor de Acrobacia na Escola de Circo de Barcelona e hoje leciona no Departamento de Educação Física e Humanidades (DEFH) da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp.

Uma das principais funções da Comissão será pensar a formação de treinadores e árbitros. “Existe uma demanda, uma queixa, de que ciência e esporte não caminham juntos aqui. Raramente os treinadores conseguem usufruir ou aplicar os conhecimentos que estão na academia. É recente o aproveitamento da ciência na fundamentação de treinos. Nós pretendemos estabelecer uma ligação entre estudiosos e treinadores. Queremos que os treinadores nos mostrem o que deve ser pesquisado, para que essas pesquisas subsidiem o trabalho nos ginásios”.

Quanto aos árbitros, Bortoleto pretende vê-los formados, no sentido amplo da palavra. “Queremos formar mesmo. Não vemos a formação meramente como a aquisição das competências para julgar, o que dá ao árbitro o brevet. Isso é certificação. De nada adianta termos árbitros capazes de julgar, mas que façam comentários preconceituosos ou que tomem atitudes inadequadas”.

Futuramente, a CCE vai se envolver também com a formação de gestores. “Cada agente, incluindo os gestores, participa ativamente do processo educativo na ginástica. As decisões e ações do treinador, dos familiares e, também, dos gestores, precisam convergir para um mesmo lugar comum: uma educação esportiva segura e respeitosa”, diz o estudioso.

Outro importante papel da CCE está ligado ao resgate da memória do esporte. “Queremos não apenas mostrar a história de atletas, como também contar a história da CBG e mostrar como os clubes se constituíram, para que a sociedade possa ter uma leitura a respeito”, diz o professor.

Na avaliação de Bortoleto, ao lançar a CCE, a CBG está caminhando no mesmo rumo das federações mais bem estruturadas do mundo. “É necessário investir em educação para que possamos superar vários problemas”.

 

Leia também...
17.04.2024

Yuri Guimarães, com chances matemáticas, vai à final no solo

13.04.2024

Grupo participa de estágio de preparação em Troyes, na França

11.04.2024

Após a primeira etapa, na Grécia, ginastas treinaram por duas semanas na capital búlgara

31.03.2024

Jade Barbosa conquista ouro inédito no solo; Rebeca, Flavinha e Diogo obtiveram prata na Turquia