Da Redação (SP) - As Seleções Brasileiras juvenis de Ginástica Artística Feminina e Masculina embarcaram nesta sexta-feira com destino à Turquia. Naquele país, na cidade de Antália, terá início o Mundial da categoria, a partir da próxima quarta-feira (29).
Este ano, o evento vai reunir, no masculino, atletas nascidos entre 2005 e 2008; no feminino, participarão ginastas nascidas em 2008 e 2009.
Os países cujos ginastas terminaram a primeira edição do evento, em Gÿor, na Hungria, em 2019, com ginastas no top 36 no individual geral, adquiriram o direito de enviar dois ou três atletas para disputar a competição por equipes, além de um reserva. Na edição de 2019, o Brasil conseguiu uma medalha de prata com Diogo Soares nas argolas.
No feminino, foram selecionadas Larissa Machado, Maria Eduarda Montesino e Gabriela Vieira (todas do Flamengo) e Luiza Abel, do Grêmio Náutico União. Da equipe masculina fazem parte João Perdigão, Erick Domingues e Guilherme Silva (Pinheiros) e Bernardo Ferreira (AGITH).
Hilton Dichelli, um dos treinadores convocados para a Seleção Juvenil Masculina, ao lado de Lourenço Ritli, prefere não criar muitas expectativas em torno de resultados. “Essa é uma geração que teve o desenvolvimento brecado durante a pandemia. Fizemos um trabalho para correr atrás desse tempo parado, uma vez que a retomada dos treinos em ginásio no Brasil demorou mais do que em muitos países. O grupo, como um todo, está evoluindo e espero que a gente consiga fazer uma boa competição. Temos bons atletas e somos fortes em alguns aparelhos, como o solo e o salto”, destacou.
Dichelli explicou também algumas especificidades das competições na categoria juvenil masculina. Uma delas é o limite de inclusão de elementos de dificuldade – são permitidos no máximo oito em cada série. “Por conta desse detalhe do regulamento, você não vai ter um atleta com uma nota de partida muito mais alta do que a média. Na execução, um atleta com nota de partida menor terá muitas chances de superá-lo. A filosofia do regulamento é forçar os atletas a desenvolver a execução nesse estágio da carreira, evitando também que se corram riscos com séries de nível de dificuldade muito elevado”.
Adriana Alves, treinadora da Seleção juvenil feminina, salienta que o Mundial de Antália será a primeira competição no exterior das quatro atletas convocadas. “É um grupo muito jovem. Tudo é novidade para elas. Mas identifico um espírito jovem nelas, que mistura muita coragem e leveza”.
Depois da realização de dois Estágios de Treinamento no Rio de Janeiro, Adriana considera que o grupo viajou muito bem preparado. “O grupo evoluiu muito durante a preparação. Criamos várias situações de avaliação e conseguimos simular situações próprias de competição”.
Por reunir três atletas com 14 anos e uma de 15 anos, e que tiveram a formação marcada pelo período da pandemia, essa geração apresenta algumas particularidades. “Elas saíram do infantil e já caíram no juvenil. Agora é que vão aprender o que são competições internacionais”, disse Adriana, que fez uma descrição das qualidades das atletas:
“A Gabriela é uma atleta bem longilínea, com pernas longas, elegante, que apresenta grande plasticidade. A Luiza se caracteriza pela potência e energia. A Duda é uma atleta muito alegre, espontânea, com uma linha bonita e muita leveza. A Larissa, a exemplo da Luiza, também é muito explosiva”.
Na competição, Adriana espera que as atletas tenham um bom controle emocional. “Quero que elas possam apresentar o melhor delas, apesar da inexperiência, e que curtam o momento”.
MUNDIAL JUVENIL DE ANTÁLIA (TURQUIA) – 29 DE MARÇO A 2 DE ABRIL
SELEÇÃO BRASILEIRA JUVENIL DE GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA
GABRIELA VIEIRA (FLAMENGO)
LARISSA MACHADO (FLAMENGO)
LUIZA ABEL (GRÊMIO NÁUTICO UNIÃO)
MARIA EDUARDA MONTESINO (FLAMENGO)
TREINADORES: ADRIANA ALVES E ANGELO SABINO
SELEÇÃO BRASILEIRA JUVENIL DE GINÁSTICA ARTÍSTICA MASCULINA
BERNARDO FERREIRA (AGITH/SP)
ERICK DOMINGUES (PINHEIROS)
GUILHERME SILVA (PINHEIROS)
JOÃO PERDIGÃO (PINHEIROS)
TREINADORES: HILTON DICHELLI E LOURENÇO RITLI
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