Da Redação (SP) - Depois de obter uma histórica conquista de vaga olímpica na sexta-feira, o conjunto brasileiro voltou à quadra, neste domingo, para a final da série simples (cinco arcos). Ao som de “I wanna dance with somebody”, de Whitney Houston, Duda Arakaki, Deborah Medrado, Giovanna Silva, Sofia Madeira e Nicole Pircio melhoraram em 0.950 a já alta nota da fase de classificação, e obtiveram a quarta posição, com 35.850 pontos.
O conjunto da China ficou em primeiro lugar, com 36.550 pontos; as donas da casa, da Espanha, levaram a medalha de prata, com 36.100. A Itália obteve a mesma pontuação que o Brasil: 35.850. Mas, no desempate, as peninsulares ficaram em terceiro lugar, à frente das brasileiras.
Ao final da premiação, a treinadora Camila Ferezin exibia um sorriso de alívio e de satisfação por toda a trajetória. “A sensação que predomina é de missão cumprida. Fizemos a nossa parte no dia a dia, e estamos fazendo há um longo tempo. O objetivo final é Paris-2024. Seguimos trabalhando, ainda mais energizadas e com confiança, depois de tudo que a gente fez, porém estou indignada com o resultado. Acho que merecíamos este pódio. Ele não veio agora. Empatamos, e o desempate foi na execução. Tá caindo a ficha. Só penso que era para estarmos no pódio, e merecidamente. Não foi desta vez, mas vamos continuar trabalhando para que esse pódio venha nas próximas competições”
Os próximos compromissos serão o Sul-Americano, em outubro, e os Jogos Pan-Americanos de Santiago, em novembro. “São competições também importantes para a gente. Mas a meta de 2023, nosso objetivo principal era esta vaga olímpica, que foi conquistada. Sairemos muito felizes daqui. Objetivo alcançado, e com louvor”.
Babi. No sábado, foi a vez de Bárbara Domingos brilhar novamente. Já com a vaga olímpica na mão, competiu mais solta e conquistou a 11ª posição, melhor resultado do Brasil em toda a história do Mundial de Ginástica Rítmica.
A ginasta ponderou o significado dessas grandes conquistas. “Tenho certeza de que tudo isso foi alcançado graças a muita dedicação e trabalho. Sem isso, com certeza não teria conseguido. Finalizei quase no top 10. Nosso objetivo, querendo ou não, é melhorar nossa classificação. Quem sabe um top 10 também nos Jogos Olímpicos? Colocamos esse objetivo na nossa cabeça já. Poder competir bem e sair satisfeita da quadra ao final de cada série aqui em Valência foi incrível. Pra isso treinei muito e abdiquei de muitas coisas. O resultado veio”.
Márcia Naves, a treinadora de Babi, também faz um balanço sobre o Mundial. “Fomos construindo esse trabalho ao longo do tempo. Não sabíamos como ela iria retornar depois da cirurgia (no quadril). Graças a Deus deu tudo certo e fomos construindo essa história. Em 2019, a Babi terminou em 31º, o que já foi histórico. Dois anos depois, foi a 17ª, batendo seu recorde. E agora melhorou ainda mais esse resultado. Agora temos os Jogos Pan-Americanos, que são importantes. Mas a cabeça já está em Paris. É hora de pensar quais coreografias manteremos, aquelas que mudaremos. Desde ontem, já estabelecemos que nosso objetivo inicial é ir para a final. Uma vez na final, seja o que Deus quiser. Vamos continuar trabalhando muito. A família da ginástica está crescendo. Temos muitas crianças praticando, e sei que a Babi pode inspirá-las para o esporte continuar crescendo”.
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