Da Redação ( SP) - Neste final de semana, a equipe juvenil brasileira conquistou a quinta colocação na disputa por equipes do tradicional Trofeo Città di Jesolo, realizado na província de Veneza, na Itália. O pódio foi composto pelos Estados Unidos (157.750 pontos), Itália A (153.450) e Itália B (149.150). O Canadá, que terminou em quarto lugar com 146.850 pontos, ficou à frente do Brasil por uma pequena margem — a equipe nacional somou 146.100 pontos.

A competição marcou o início do calendário internacional para a categoria juvenil e teve caráter preparatório, principalmente diante da recente atualização do código de pontuação, exigindo adaptações técnicas e estratégicas nas séries. Das seis ginastas brasileiras convocadas, apenas duas já haviam competido fora do país anteriormente. As demais estrearam no cenário internacional em Jesolo — uma experiência que agregará maturidade ao longo da temporada.

Isabel Aguilar garantiu um lugar no top 10 do individual geral, com 50.250 pontos, o que lhe rendeu a oitava colocação. A atleta se destacou ao se classificar para as finais nos quatro aparelhos. Já Nicole Bello avançou para as finais do salto e do solo, totalizando seis finais por aparelhos para a delegação brasileira.

A treinadora Rafaella Garcia ressaltou a importância da participação das atletas nesse tipo de torneio.

“Essa competição marca o início do nosso ciclo preparatório rumo a 2028. Trata-se de uma oportunidade valiosa para testarmos novos elementos e identificarmos o que realmente se encaixa nas séries. As meninas treinaram muito bem desde o estágio de preparação até os dias de competição, e somente em um evento internacional conseguimos adquirir a experiência competitiva necessária. Agora é trabalhar na consistência”, avaliou.

Rafaella reforçou ainda que os resultados superaram as expectativas para uma equipe em fase de transição.

“Nossa equipe é formada por meninas jovens, em pleno processo de amadurecimento. Estamos muito orgulhosos do que foi apresentado. Vale destacar que algumas atletas estrearam internacionalmente, e isso já representa uma conquista importante. Voltamos para o ginásio com aprendizados concretos e foco nas competições-alvo do ano: os Jogos Pan-Americanos Júnior e o Campeonato Mundial Juvenil”.

O coordenador da Seleção Brasileira de Ginástica Artística Feminina, Francisco Porath Neto, também acompanhou a delegação e destacou o valor da experiência.

“Foi um primeiro contato importante com atletas de outros países que, provavelmente, reencontraremos ao longo do ciclo. E, para nós, da comissão técnica, também foi fundamental observar como o novo código está sendo interpretado pelos árbitros internacionais. Essa vivência é essencial para seguirmos evoluindo com segurança”, concluiu.