Da Redação (RJ) - A sexta-feira (22) foi marcada por um feito inédito no 41º Mundial de Ginástica Rítmica no Rio de Janeiro. Pela primeira vez, o Brasil teve duas ginastas finalistas no Individual Geral: Bárbara Domingos (Babi) e Geovanna Santos (Jojô).

Babi terminou em 9º lugar, alcançando o melhor resultado da história do país no Individual Geral. A melhor colocação já pertencia à atleta paranaense, que foi 11ª colocada no Mundial de 2023.

“Estou muito feliz e realizada. Fiz tudo que treinei e entreguei meu coração em quadra. Conseguir um Top 10 em um Mundial dentro de casa é emocionante. Estamos fazendo história”, disse Bárbara Domingos.

“Sensação de dever cumprido, de ter representado bem o nosso país. Nosso objetivo era a final do individual geral e conseguir pelo menos manter a mesma colocação do Mundial anterior, então é bem gratificante”, destacou sua treinadora, Mayara Cerqueira Ehlke.

Já Jojô levantou a torcida e ficou na 18ª posição, consolidando a presença brasileira entre as melhores do mundo. No Mundial passado, ela havia ficado fora da final por pouco e se emocionou após a competição.

“Estou muito feliz. Estar entre as 18 melhores do mundo e disputar uma final em casa já é uma realização enorme. É especial escrever meu nome nessa história com a família na arquibancada”, afirmou Geovanna Santos.

Já a treinadora Gizela Batista, emocionada, lembrou das dificuldades e da força de superação da Jojô: “Nosso objetivo era chegar nessa final, no último Mundial a gente não conseguiu por pouco. Então fico muito feliz, a gente conseguiu realizar nosso sonho. Passa um filme na cabeça, a gente pensou em parar algumas vezes, a Geovanna aposentar... Mas eu falei que ela tinha condições de continuar, com um Mundial no nosso país, e deu certo”.

O ouro ficou com a campeã olímpica Darja Varfolomeev (ALE), a prata com Stiliana Nikolova (BUL) e o bronze com Sofia Raffaeli (ITA).

Conjunto estreia em palco de boas recordações

Mais cedo, a sexta-feira começou com o treino de pódio da Seleção Brasileira de Conjunto, que estreia neste sábado (23) na Arena Carioca 1, palco de conquistas históricas para o Brasil.

O grupo — formado por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves — fez os últimos ajustes nas séries simples e mista. No treino, o conjunto apresentou o collant vermelho inédito: a série com três bolas e dois arcos embalada por “Evidências”, de Chitãozinho & Xororó, e a série de cinco fitas com um mix de músicas que exaltam a brasilidade.

A técnica Camila Ferezin aprovou o desempenho:

“Elas entraram firmes e felizes. Foi um treino positivo, que deu confiança. Agora é ajustar os detalhes e brilhar mais uma vez”.

Em 2025, o Brasil já coleciona conquistas com essas séries: três ouros em Portimão (geral, simples e mista) e, em Milão, ouro no geral e bronze na mista. Em 2023, em Valência, o conjunto conquistou a vaga olímpica pela primeira vez via Mundial, terminando em 6º na classificatória. Agora, em casa, a equipe busca a inédita medalha em Mundiais.

Programação

Sábado, 23 de Agosto

14h–16h30 – Conjunto – All-around – 5 fitas e 3 bolas/2 arcos

17h–19h – Conjunto – All-around – 5 fitas e 3 bolas/2 arcos

Domingo, 24 de Agosto

11h – Final Individual (arco)

11h40 – Final Individual (bola)

12h50 – Final Conjunto (5 fitas)

14h – Final Individual (maças)

14h40 – Final Individual (fita)

15h50 – Final Conjunto (3 bolas/2 arcos)