Da Redação, São Paulo (SP) - A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) aproveitou, como poucas entidades, o período de isolamento social imposto pela pandemia provocada pelo novo coronavírus para disseminar conhecimento com o auxílio da internet. Quem imaginou que a era das lives chegaria ao final com a Missão Europa se enganou. A entidade deu continuidade ao Plano de Ação voltado à atualização da comunidade com um Estudo da Simbologia específica da Ginástica Artística Feminina.
A atividade foi proposta por Adriana Alves, Coordenadora Técnica da Ginástica Artística Feminina. “Cada elemento de uma série tem um desenho, uma representação gráfica. O Estudo da Simbologia é uma atividade voltada para ampliar o conhecimento desse código. É um conhecimento fundamental para a arbitragem e é importante que os treinadores também tenham acesso a ele”.
As atividades foram realizadas na terça (21) e quinta-feira da última semana. Logo no primeiro dia, a sala virtual aberta por meio do aplicativo Zoom comportou 200 visitantes simultâneos.
As palestrantes fizeram uso de uma série de recursos didáticos para explicar os elementos: lousa, vídeos, bonequinhas articuladas. Ao final dos trabalhos, Adriana estima que a iniciativa foi bem avaliada pela comunidade gímnica participante. “Acho que o pessoal gostou da atividade. A repercussão e o feedback foram bem positivos”, informa a Coordenadora, que é treinadora e também árbitra. “A CBG tem aproveitado este momento desafiador para disseminar conhecimentos. Somos educadores e cabe a nós atacar em todas as frentes”.
A Simbologia, devido à complexidade aparente, assusta num primeiro contato, segundo Jacqueline Pires, outra medalhista de 83. Com atuação como professora e dirigente em seu currículo, ela enfatiza que cabe à CBG um esforço para desmistificar o código. “Tudo fica mais fácil quando a gente consegue compreender. Não se trata de mera decoreba. Por meio dos símbolos, conseguimos descrever uma série de 1min30 numa linha”, diz a Coordenadora Adjunta da Ginástica Artística Feminina.
Para se ter uma ideia da aparente complexidade do sistema, a ex-ginasta Altair Prado, uma das integrantes da equipe que conquistou a primeira medalha da história da participação da Ginástica Artística Feminina do Brasil em Jogos Pan-Americanos, em Caracas-1983 (um bronze), explica que o Código de Pontuação da FIG contém 295 símbolos que correspondem a elementos da trave.
Mônica dos Anjos, treinadora que atua numa verdadeira fábrica de talentos, o ginásio Bonifácio Cardoso, em Guarulhos, está satisfeita por ter feito parte da ação. “É bem gratificante. É necessário ir treinando e tomando contato com o código até que a lógica dele faça sentido”. Segundo ela, além de árbitros, professores e ginastas, até mesmo mães de atletas participaram da atividade, para ganharem mais conhecimento sobre o universo vivenciado pelas filhas.
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