Missão Cumprida em Portugal

15.09.2020  |    437 visualizações

Ginastas da Seleção Brasileira fazem balanço extremamente positivo do período de treinos em Sangalho. A ordem agora é embalar nos treinos para terminar 2020 com tudo

Da Redação, São Paulo (SP) - Ainda não se sabe quando as competições serão retomadas, mas que venham! Essa é a sensação que predomina na Ginástica Artística e Rítmica do Brasil. As seleções que estavam em Portugal, treinando no CT Time Brasil, em Sangalhos, voltaram no último fim de semana ao País. Na avaliação dos ginastas ouvidos pela CBG, os objetivos estabelecidos para a Missão Europa foram não apenas atingidos, mas superados.

“Depois de ter ficado quatro meses treinando em casa, a única coisa que eu queria era voltar a treinar num ginásio, sentir os aparelhos, retomar um pouco da rotina que tinha. O COB nos passou que o objetivo da Missão Europa era reacender a chama olímpica. Está acesa de novo. E consegui, em dois meses, fazer muito mais do que havia imaginado. Cheguei a achar que a retomada seria muito mais difícil. Graças aos treinos que fizemos na quarentena, foi bem tranquilo”, diz Caio Souza, campeão no individual geral nos Jogos Pan-Americanos de Lima.

Finalista do individual geral dos Mundiais de 2017, 18 e 19, o ginasta fluminense salienta que, se tivesse que competir hoje, estaria fisicamente apto. “Posso garantir pra você que estou preparado. Se tivesse uma competição neste momento, estaria fisicamente preparado para competir. Agora temos que passar por toda a periodização e pelo processo de montagem de séries. Mas fisicamente, repito, estou pronto”.

Boa parte dos clubes já retomaram os treinos no interior de seus ginásios, seguindo o Protocolo Retorno Seguro – Ginástica – COVID-19.

Duda Arakaki, a capitã da Seleção Brasileira de GR de Conjunto, de volta à tórrida Aracaju, diz que voltou a sentir um friozinho – na barriga. “Não tenho nem palavras para expressar o que a Missão Europa significou para nós. Foi a melhor missão da minha vida, com certeza. Nos dois meses que ficamos em Portugal, recuperamos a nossa melhor forma física e reacendemos aquela chama, aquele friozinho na barriga. Voltar a sentir isso era o nosso objetivo nessa viagem. Além disso, a gente pôde aprender e evoluir muito também como pessoas. Formamos uma família, a família da ginástica. Não quero largar nunca mais as pessoas que conheci, as amizades que fiz em Sangalhos. Estávamos todos no mesmo querer, na mesma sintonia. Foram 60 dias de muita cumplicidade e empatia!”, diz a líder alagoana.

Maria Eduarda Arakaki disse que a realidade superou as expectativas – e olhe que as expectativas já eram elevadas. “Já estava muito ansiosa para vir. Esperava que fosse sensacional, mas, com toda certeza, a equipe multidisciplinar, os atletas e toda a equipe do CT conseguiram que minhas expectativas fossem superadas. Tudo foi pensado nos mínimos detalhes para que nos sentíssemos o mais confortáveis possível”.

Um dos traços da Missão que fizeram a atividade ser tão bem apreciada, destacado também pelos outros ginastas, é salientado por Duda: a grande união entre os grupos de GR e de GA. “Só tenho muita gratidão e felicidade no meu coração, por todas as experiências, a integração com os outros atletas e treinadores das diferentes ginásticas. Foi tudo incrível! Poderia ficar em Portugal o tempo que precisasse, porque fizemos de Sangalhos, da estalagem, a nossa casa. Posso falar que essas pessoas são a minha família também agora”, diz a jovem ginasta, mostrando que tem discurso de capitã.

“Missão dada, missão cumprida. Voltamos ao Brasil com aquela chama que tinha ficado um pouco adormecida durante o período de treinos em casa. Agora está mais do que acesa e todos estão mais fortes em busca dos nossos objetivos. Tenho certeza de que esses próximos meses serão de muita evolução e crescimento também. Continuamos firmes!”, arremata Duda.

Rebeca não parece menos empolgada. “Já tinha estado em Sangalhos, e fiquei exatamente no mesmo lugar. Essa missão foi uma das melhores viagens que já fiz. Tive contato com muitas pessoas legais, aprendi muito. Superou todas as minhas expectativas, tanto em treinamento como em relacionamento. Fiz conexões e amizades. Não tenho do que reclamar. Eu me sinto muito bem para trabalhar nesses três meses e meio que temos até o final do ano”, diz a colecionadora de medalhas de etapas da Copa do Mundo, somando seis ouros, igual número de pratas e dois bronzes. “Vim para cá com a cabeça direcionada apenas para o objetivo de recuperar a forma física. Olhando-me hoje, estou melhor do que esperava. Sou muito grata. Espero começar e terminar 2021 com o pé direito. Evoluímos demais em Portugal”.

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