De Lima (PER) – Confiante após uma boa sequência de treinos nos últimos dias, a Ginástica Artística Masculina do Brasil faz neste domingo (28) sua estreia nos Jogos Pan-Americanos de Lima. O time brasileiro participará da competição por equipe a partir das 18h30 (horário de Brasília), no Ginásio de Villa El Salvador, em Lima.

O Brasil integra a subdivisão 1 no Pan-Americano, quando competirá ao lado de ginastas do Chile, El Salvador, Equador, Uruguai, Porto Rico, Bolívia, Canadá, Argentina e México.

A equipe que veio ao Peru tem como principal nome Arthur Zanetti, campeão olímpico das argolas em Londres-2012 e prata na Rio-2016. Zanetti inclusive foi escolhido pela Panam Sports como um dos embaixadores dos Jogos. Outro nome de destaque no time brasileiro é o de Arthur Nory, bronze olímpico no solo nos Jogos do Rio.

Para Zanetti, mesmo com todo seu currículo não é possível apontar que ele chega com favoritismo nos Jogos de Lima. “Pelo contrário, acho que o Pan é competição muito forte. Encontramos vários de nossos adversários aqui e não é porque fui campeão olímpico que vou chegar como favorito. A competição é igual para todo mundo. Tem que fazer o melhor e quem conseguir isso levará a medalha de ouro”, afirmou. Para o ginasta brasileiro, o foco da equipe não está nos desempenhos individuais e sim no trabalho em conjunto.

“Não estamos pensando em resultados e sim em pegar o maior número possível de finais. O objetivo deste Pan é ter um bom resultado por equipes. Os Jogos de Lima servirão de preparação para o Mundial de Stuttgart, onde temos como meta classificar a equipe para a Olimpíada de Tóquio-2020”, disse Zanetti, que já soma quatro medalhas em Pan-Americanos: duas por equipe (ouro em Guadalajara-2011 e prata em Toronto-2015) e duas individuais, nas argolas (prata em 2011 e ouro em 2015).

Para Marcos Goto, um dos técnicos da Seleção masculina, a equipe ainda não está no seu auge físico e técnico, mas chega forte em Lima. “Temos que estar 100% no Mundial, quando buscaremos a vaga para a Olimpíada, mas conversamos com os atletas e a meta é cada um dar o seu melhor e buscarmos o maior número de presença em finais, além de um pódio por equipe”, afirmou Goto.

Histórico brasileiro no Pan-Americano

Ao longo de todas as participações em Pan-Americanos, a Ginástica Artística masculina do Brasil obteve 20 medalhas. Por equipe, foram seis pódios (San Juan-1979, Indianápolis-1987, Santo Domingo-2003, Rio-2007, Guadalajara-2011 e Toronto-2015). Nas provas individuais, foram 14 medalhas até hoje.

A primeira medalha na Ginástica masculina veio no Pan de San Juan-1979, na prova por equipe, formada por Hélio Araújo, João Ribeiro, Reinaldo Ferreira, Mario Albuquerque, Altair Rodriguez e João Tavarez. Os primeiros pódios individuais vieram nos Jogos de Santo Domingo-2003, com Michel Conceição (prata no solo e bronze no salto), Mosiah Rodrigues (bronze no cavalo com alças e na barra fixa) e Diego Hypólito (prata no salto).

O maior medalhista da Ginástica masculina é Diego Hypólito, com oito medalhas (cinco de ouro e três de prata). Ele também é o maior medalhista individual pan-americano da modalidade na história dos Jogos.

Programação da Ginástica Masculina

28/7 – Competição por equipe (18h30)
29/7 – Individual geral (20h)
30/7 – Finais por aparelho: solo (15h), cavalo com alças (15h40) e argolas (18h)
31/7 – Finais por aparelho: salto (15h), paralelas (16h20) e barra fixa (17h10)

Os convocados

• Arthur Nory (Pinheiros/SP)
• Arthur Zanetti (Serc/SP)
• Caio Souza (São Bernardo do Campo/SP)
• Francisco Barretto Jr (Pinheiros/SP)
• Luís Porto (Grêmio Náutico União/RS)

Treinadores

• Marcos Goto
• Cristiano Albino
• Ricardo Yokoyama