Da Redação, São Paulo (SP) - Diogo Soares fez história em 2019, com a prata nas argolas na primeira edição do Mundial Juvenil, em Gyor, na Hungria. Mas o jovem ginasta piracicabano está cheio de gás, e pretende continuar escrevendo páginas gloriosas em 2020. Neste sábado, às 18h30 (horário de Brasília), terá início a participação dele na American Cup All Around, em Milwaukee, nos Estados Unidos.
Em Buenos Aires, nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018, o ginasta da terra da pamonha já abocanhou a prata na barra fixa e o bronze no individual geral, além de se garantir em outras quatro finais (cavalo, argolas, salto e paralelas). É tanto potencial que muitos fãs de ginástica e jornalistas começam a se indagar: afinal, quais haverão de ser as especialidades dessa promessa? Segundo Daniel Biscalchin, primeiro e único treinador na ainda curta carreira do garoto, as principais apostas, por ora, residem nas paralelas, na barra e, é claro, no individual geral.
A American Cup, o mais prestigioso evento internacional do calendário norte-americano, não é uma competição qualquer. Basta checar a lista de campeões que brilharam nela: Nadia Comaneci, Mary Lou Retton, Vitaly Scherbo e Simone Biles, entre muitos outros. O evento faz parte do calendário da FIG (Federação Internacional de Ginástica). A ordem, em Milwaukee, é não se impressionar com a categoria das feras ali presentes. “Ele tem 17 anos ainda e de imediato é difícil mesmo competir com os grandes nomes da ginástica adulta da atualidade. Com o tempo vai evoluir e terá maiores chances. Falta ter uma série com maior nível de dificuldade, e isso virá com o tempo”, pondera Biscalchin.
O foco da dupla continua sendo Paris-2024
Há 13 anos, Diogo, então uma criança com quatro anos de idade, começou a brincar de treinar na modesta academia de Biscalchin, chamada Pira Olímpica. Olhando em retrospecto, tem-se a impressão de que o técnico embutia grandes aspirações ao batizar o empreendimento. Mas não era o caso. “Confesso que, quando abri a academia, jamais imaginei ser um treinador de alto rendimento. As coisas foram acontecendo. Como sou muito competitivo, fui cada vez querendo mais e gostando desse meio. E chegamos onde estamos hoje”.
A despeito da grande ambição esportiva, Biscalchin estabeleceu objetivos realistas para este final de semana. Afinal de contas, estarão em ação feras como o alemão Andreas Toba, o ucraniano Oleg Verniaiev e o norte-americano Sam Mikulak. “Para essa competição o objetivo é competir bem, sem grandes erros, com boa pontuação. Sabemos que a obtenção de um grande resultado é algo extremamente difícil, considerando-se a lista de participantes, que contém alguns dos melhores do mundo. Mas servirá como aprendizado para as competições que estão por vir. Haverá disputas apenas no individual geral, e esperamos somar a melhor pontuação possível”, esclarece o treinador.
A academia Pira Olímpica recebeu da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) alguns aparelhos no final de 2018, que contribuem para o desenvolvimento do atleta. Treinando com eles, a dupla construiu séries compatíveis com a idade e o estágio atual do competidor interiorano. “As séries do Diogo estão boas, bem treinadas e com nível de dificuldade maior em comparação com os tempos de juvenil. Ainda estamos num período de transição, temos muito a crescer ainda e futuramente essa dificuldade vai aumentar”.
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