Da Redação, São Paulo (SP) - A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) vai enviar uma carta à Federação Internacional de Ginástica (FIG) para pleitear o adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio. A entidade endossa o pedido do Comitê Olímpico Brasileiro, que defende a transferência para período semelhante ao originalmente estabelecido, entre fim de julho e a primeira quinzena de agosto.
Enquanto a pandemia desencadeada pelo novo coronavírus se expande, temos observado a angústia de nossos atletas, que se veem compelidos a manter a agenda de treinos, de forma a extrair o melhor de si mesmos no maior evento do esporte internacional, ao passo que as recomendações da Organização Mundial de Saúde e das principais autoridades sanitárias do Brasil vão no sentido contrário, conclamando os cidadãos para que se recolham a seus lares e mantenham o distanciamento social.
“Nosso papel, enquanto entidade máxima da modalidade no Brasil, é zelar pela família da ginástica nacional: nossos atletas, treinadores, árbitros, equipes multidisciplinares, dirigentes, torcedores e familiares. Neste momento, temos que unir esforços e seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e as determinações das autoridades sanitárias do Brasil no combate ao COVID19. Todos os eventos esportivos previstos no Calendário Nacional e Internacional da CBG foram suspensos por tempo indeterminado. Nossos atletas não podem treinar e estamos impossibilitados de fazer planos de viagens. Neste momento a crise mundial provocada pela pandemia se impõe sobre o planejamento anteriormente traçado, que é forçosamente relegado a um segundo plano. Os Jogos Olímpicos são a celebração da vida e da amizade entre os povos, e pressupõem os melhores atletas do mundo no topo de suas performances. No quadro atual, essa perspectiva é impossível. O evento não pode jamais nos colocar em risco. Diante de toda essa incerteza, nosso compromisso é reforçar o pleito pelo adiamento do evento de Tóquio”, diz a presidente da CBG, Maria Luciene Cacho Resende.
Henrique Motta, coordenador-geral e de eventos da CBG lembra que o momento grave por que passamos estabelece outra dinâmica. “Este é um momento para reforçarmos valores fundamentais. O olimpismo objetiva a construção de um mundo melhor, assegurando a prática esportiva como um direito de todos. A prática esportiva não pode ser realizada da mesma forma por todos neste período. Nossa sociedade passa por outros desafios que exigem a dedicação e o cuidado integral de todos nós”.
O adiamento certamente causará transtornos e não é uma solução perfeita. Contudo, ele nos oferece uma perspectiva de retomada futura, permitindo que nossos atletas voltem a brilhar nos Jogos Olímpicos de 2021.
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