Da Redação, São Paulo (SP) - Ok, ok, ok. Quem acompanha o noticiário da CBG já sabe muito bem que os treinos virtuais, feitos por intermédio de aplicativos que permitem interação entre treinadores e diversos ginastas, foram a saída adotada pela Confederação para manter os atletas motivados nestes meses em que impera a necessidade do isolamento social. O que esse modelo de atividade não havia propiciado AINDA era o contato com o público. Essas imensas saudades não haverão de terminar em curto espaço de tempo, mas serão ao menos amenizadas. Nesta quinta-feira, a partir das 8h30, haverá o Treino Aberto ao Público da Seleção Brasileira de Conjunto de Ginástica Rítmica. Haverá 1.000 vagas disponíveis para os fãs da GR. Os primeiros mil que entrarem na sala podem se acomodar e apreciar o que de melhor existe na GR de conjunto do País. A princípio, o treino será aberto apenas nessa data – o encerramento será às 13h.
Camila Ferezin, Coordenadora de Seleções da GR e Treinadora da Seleção de Conjunto, explica que o esforço em busca de fatores de motivação é constante, e este período de pandemia acrescenta desafios peculiares. “Nesta fase de isolamento social, dois meses em casa já é muito tempo! Nós, treinadores, temos de nos reinventar para manter nossas ginastas motivadas. Sendo assim, unimos a motivação para o grupo com a oportunidade de o público assistir a um treino da Seleção”.
Obviamente, ninguém sabe dizer de antemão qual será exatamente o resultado dessa tentativa de interação, mas a expectativa já está produzindo efeitos. “Todas já estão muito animadas. De certa forma já dá aquele friozinho na barriga como dá na competição!”, antecipa Camila.
O treino será executado normalmente. No final, está prevista uma apresentação de gala. A interação com o público, propriamente dita, vai ocorrer ao final.
Embora a ideia da abertura do treino esteja vinculada à necessidade de acrescentar motivação especial às ginastas, ninguém descarta a possibilidade de que haja “efeitos colaterais imprevistos”, como a própria ampliação do público da GR. E quem sabe uma das espectadoras não se torne uma futura praticante?
“A partir do momento em que abrimos os treinos, podemos imaginar algo semelhante a um ginásio cheio. Teremos uma plateia formada por ginastas, treinadores, pais, familiares, amigos, amantes da modalidade e curiosos. Com certeza vamos plantar sementinhas no coração do público”, empolga-se a Coordenadora.
Habituada a acompanhar as redes sociais de comunidades estrangeiras da GR, Camila não tem notícia de que algo similar tenha sido feito ao longo desta temporada de isolamento.
Satisfeita com a superação de barreiras impostas pelo cenário atual, Camila finaliza a entrevista com uma constatação: a ginástica brasileira segue seu curso, a despeito de qualquer tipo de dificuldade interposta no caminho. “A CBG teve a grande sacada inicial com várias ações através do treinamento virtual. Estamos transformando esta fase difícil em um momento de oportunidade para continuar desenvolvendo a ginastica do nosso país”.
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