Em outra iniciativa pioneira, GR do Brasil faz treinamento conjunto com Israel

08.06.2020  |    183 visualizações

Atividade poderá ser acompanhada por até 3 mil espectadores por aplicativo nesta terça-feira, a partir das 8h

Da Redação, São Paulo (SP) - Primeiro foram os treinamentos domiciliares, reunindo ginastas, treinadoras da seleção brasileira e de clubes. Depois, treinamentos domiciliares, nos mesmos moldes, mas abertos, com capacidade ampliada das salas virtuais, o que tornou possível que fãs pudessem acompanhá-los. Nesta terça-feira, a CBG, dando mais um passo para manter em alta a motivação de suas atletas e, ao mesmo tempo, atrair mais público para a ginástica, oferece um treino internacional, reunindo a Seleção Brasileira de conjunto de GR e a de Israel. A atração terá início às 8h, mas a sala do aplicativo zoom já estará disponível para acesso a partir das 7h30. A capacidade de público será de 3 mil espectadores.

A amizade entre israelenses e brasileiras tem sido mutuamente benéfica. Em fevereiro deste ano, após participar do Grand Prix de Moscou, a seleção brasileira, a convite dos anfitriões, viajou para Israel e ficou alguns dias em atividades no centro de treinamento nacional daquele país, em Holon, cidade situada nos arredores de Tel Aviv. A CBG recebeu hospedagem gratuita e não teve que pagar pelo aluguel das excelentes instalações, arcando apenas com o custo das passagens aéreas.

Já com vaga assegurada para os Jogos de Tóquio, Israel esteve presente nas três últimas finais olímpicas de conjunto da GR, posicionando-se na sexta colocação em Pequim-2008 e na Rio-2016 e na oitava em Londres-2012. O conjunto também garimpou uma boa quantidade de medalhas em Campeonatos Mundiais e Europeus.

Nas disputas individuais, Israel apresenta a estrela Linoy Ashram, bronze no individual geral do Mundial de Pesaro-2017 e prata no de Sofia-2018. Somando-se também as conquistas em aparelhos, ela já amealhou seis medalhas de prata e cinco de bronze ao longo de três Mundiais.

“Israel é uma das principais equipes do mundo nos conjuntos, sempre se destacando no cenário internacional. Esteve na final com suas duas rotinas no Mundial Pré-Olímpico de Baku (2019)”, diz Camila Ferezin, treinadora da Seleção Brasileira de Conjunto e Coordenadora de Seleções da Ginástica Rítmica da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica).

Se uma oportunidade de treinar com atletas de alto nível deve ser sempre valorizada, a importância do evento fica ainda mais acentuada num momento como o atual, em que as ginastas estão impossibilitadas de se exercitar nos ginásios devido ao isolamento social, decorrência da pandemia. “Toda forma de intercâmbio é válida para o crescimento e evolução da equipe, ainda mais quando se trata de dividir o treino com uma equipe de tanta qualidade, como a israelense. Além de ter o aspecto qualitativo da evolução, ainda tem a questão motivacional de se manter o conjunto ativo em tempos tão desafiadores”, acrescenta Camila.

A aproximação entre Brasil e Israel na GR é fruto do empenho do árbitro brasileiro Leonardo Palitot. “Por eu ser um dos únicos árbitros homens de GR no mundo, tenho uma grande visibilidade. Como sou expansivo e gosto de me comunicar, acabei fazendo esse meio-de-campo”, diz ele.

 

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