Fortalecimento da arbitragem nacional é um dos pilares do crescimento da GR

14.05.2021  |    734 visualizações

Reconhecimento da FIG aos árbitros Márcia Aversani e Leonardo Palitot é fruto da dedicação pessoal e do investimento da CBG

Da Redação (SP) - A Ginástica Rítmica do Brasil alcançou excelente desempenho na etapa de Baku da Copa do Mundo, na semana passada. Como se sabe, a equipe comandada pela técnica Camila Ferezin registrou notas na casa dos 38 pontos na fase de classificação e na final da série de cinco bolas, obtendo a oitava colocação. No atual ciclo olímpico, nenhuma outra equipe do continente americano conseguiu chegar a esse patamar. Na série de três arcos e dois pares de maça, o Brasil ficou em sétimo lugar – mesma posição à qual chegou na soma da pontuação das duas séries.

Na avaliação de Márcia Aversani, que é Presidente do Comitê Técnico de GR da União Pan-Americana de Ginástica (UPAG), o crescimento da Seleção Brasileira de Conjunto de GR está firmemente relacionado ao investimento que a CBG tem feito em seus árbitros. Em Baku, Leonardo Palitot, que é Coordenador Técnico de GR da Confederação, foi escolhido pela FIG para atuar no júri supervisor da parte artística. Na próxima etapa da Copa do Mundo, que será realizada em Pesaro, na Itália, Márcia fará parte do júri supervisor de faltas técnicas.

“Os convites que recebemos para fazer parte de júri superior, num evento como uma Copa do Mundo classificatória para os Jogos Olímpicos, é o resultado do nosso trabalho no atual ciclo olímpico, e do esforço da CBG, que estruturou uma política de investimento em seus árbitros, enviando-os para as competições de grande porte. Com isso, conseguimos aumentar o grau dos nossos brevets”, afirma Aversani, que atuou nos Mundiais de 2017 (Pesaro), 2018 (Sófia) e 2019 (Baku).

Com esse lastro de experiência e de qualificação acumulados, as treinadoras das Seleções Brasileiras têm sido beneficiadas – Aversani e Palitot participam rotineiramente dos controles técnicos, e passam orientações sobre a avaliação dos movimentos.

“A GR é um esporte que depende de nota, e a nota depende não só do que a ginasta apresenta em quadra, mas também está bastante ligada ao trabalho do árbitro, que precisa estar antenado às mudanças das regras, para poder orientar os treinadores sobre o que está valendo ou não. A participação de um árbitro é importante tanto no aspecto político como também para repassar as informações de forma correta. É necessário que a CBG tenha pessoas que saibam se relacionar, estreitar laços com outros árbitros, que estejam constantemente querendo saber como as coisas estão sendo validadas”, afirma Palitot.

Segundo o árbitro internacional, o trabalho junto às Seleções Brasileiras tem sido muito efetivo. “Para uma equipe se desenvolver, ele deve estar sendo bem assessorada. Os controles são fundamentais para darmos um retorno às treinadoras. Conseguimos, dessa forma, fazer as correções e passar as informações. Assim, conseguimos caminhar conjuntamente”. 

O crescimento do status dos árbitros brasileiros junto à FIG tornou-se claro em 2019, quando Márcia Aversani foi convidada para integrar o júri supervisor. “Aquele convite foi recebido com muita alegria pela Ginástica Brasileira. Ter um de nós numa condição dessas nos deu a certeza de que, mesmo estando longe do centro nervoso da GR, que é a Europa, estamos atualizados, somos estudiosos e temos gabarito para avaliar essas competições de nível tão alto. E agora temos dois de nós nessa condição, eu e o Leonardo”, diz Aversani.

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