Rebeca e Caio se destacam no primeiro dia do Brasileiro Adulto

02.10.2021  |    674 visualizações

Flamengo e Minas Tênis foram os campeões por equipes

Da Redação (SP) - Havia grandes expectativas em torno da primeira performance competitiva de Rebeca Andrade desde os Jogos de Tóquio. E nossa campeã olímpica correspondeu a todas elas. No primeiro dia de disputas adultas do Campeonato Brasileiro Loterias Caixa, a ginasta se sagrou campeã no individual geral, com a nota 57.950, em Aracaju. Lorrane Oliveira, colega de Rebeca no Flamengo, ficou em segundo lugar, com 52.350. Christal Bezerra, promessa da nova geração, da Associação Desportiva Centro Olímpico, completou o pódio (51.700).

“Acho que fui muito bem. Adorei essa sensação de competir com as meninas”, disse Rebeca, que agradeceu a receptividade do público do ginásio, todo ele formado apenas pela comunidade da ginástica, dadas as restrições impostas pelos controles que visam ao combate à disseminação da pandemia. “Muitas ginastas me têm como ídolo, como referência. É muito bom ver que elas têm prazer em ver minha série de solo e todas as outras”.

Rebeca, uma vez mais, explicou porque transmite tamanha sensação de segurança, sem, aparentemente, sofrer qualquer tipo de pressão. “Isso é treino. Tenho acompanhamento psicológico, faço preparação física, trabalho bastante. É preciso treinar muito. Não adianta treinar de qualquer jeito e querer arrasar na hora da competição. É naqueles dias em que você está cansada que consegue descobrir aquilo que pode fazer”.

Além de conquistar o título do individual geral e da competição por equipes, Rebeca avançou para as finais de três aparelhos: solo, paralelas e trave. Ela só não foi para a final do salto porque optou por fazer apenas um.

Quem também estava muito feliz depois de deixar a área de competição era Jade Barbosa, que voltou a competir depois de dois anos, devido a lesões.

“Passei bem pelos aparelhos. Estou bem feliz com o meu processo de recuperação. Tive mais dificuldades com as saídas, devido ao estágio em que se encontra a minha recuperação”, disse Jade, que vai disputar finais nas paralelas (3ª, com 13.200) e na trave (3ª, com 13.000).

Na competição por equipes, o Flamengo foi o campeão, com 162.000. O Cegin, do Paraná, que detinha o título, obteve a prata (152.350). O pódio foi completado pela Associação Desportiva Centro Olímpico, de São Paulo (143.500).

Masculino.  Na competição por equipes masculina, o Esporte Clube Pinheiros e o Minas Tênis Clube disputaram em altíssimo nível. A equipe paulista foi muito bem na barra fixa, sobretudo com Arthur Nory, Francisco Barreto e Diogo Paes, e colocou pressão sobre o clube mineiro em sua rotação, que foi no solo.

Nesse aparelho, o Minas foi praticamente impecável, com excelentes atuações de Lucas Bittencourt, Bernardo Miranda e Gabriel Barbosa. Quando Caio Souza entrou no tablado, o título por equipes já era da equipe de Belo Horizonte. Mas as emoções não haviam acabado. O melhor generalista do Brasil também foi muito bem no solo e conquistou mais um título no individual geral (o terceiro dele). No cômputo dos seis aparelhos, Caio somou 83.700 pontos. A prata ficou com Francisco Barretto Júnior (Pinheiros), que marcou 80.300. Johnny Oshiro, do SERC/Santa Maria, faturou o bronze (79.650).

Na competição por equipes, o bronze ficou com o SERC/Santa Maria.

Mesmo com tantas conquistas em sua vitoriosa carreira, Caio não deixou de vibrar muito com o ouro conquistado em Aracaju. “Disputei meu último Brasileiro em 2018, mas fiz só dois aparelhos. Não fazia os seis desde 2017. Por isso, minha emoção agora é inexplicável”.

Caio atribuiu a conquista à experiência e ao suporte de sua equipe. “Agradeço demais ao Minas por ter acreditado em mim e em meu técnico (Ricardo Yokohama), aos fisioterapeutas, ao massoterapeuta, psicólogo, a toda a equipe multidisciplinar e aos meus companheiros de equipe”, disse o campeão.

 

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