Da Redação (SP) - A delegação que foi a Cáli para representar a nova geração da Ginástica Artística Feminina do Brasil encerrou sua participação na primeira edição dos Jogos Pan-Americanos Júnior.
Numa disputa bastante acirrada com o México, o Brasil ficou com a medalha de prata na competição por equipes, numa disputa em que os Estados Unidos foram incontestavelmente superiores. Já nas finais por equipes, Andreza Lima conquistou dois bronzes, no salto sobre a mesa e na trave.
A treinadora da equipe brasileira, Adriana Alves, deu detalhes sobre a emocionante disputa pelo segundo degrau do pódio. “Nossa equipe estava bastante parelha. Tínhamos quatro ginastas, e todas com nível semelhante. Os outros países que disputavam conosco tinham diferença de nível maiores entre suas atletas, e não podiam errar para nos ultrapassar”.
Mesmo com aquela vantagem, o início da participação do Brasil não foi perfeito. “Nós passamos os dois primeiros aparelhos (assimétricas e trave) com falhas, e isso causou um certo estresse. No solo fomos muito bem, mas as notas não vierem como esperávamos. Mesmo assim, passamos o México e fomos para o descanso na expectativa”, narra Adriana.
No último aparelho, o salto, o Brasil largou seis pontos atrás do México. “Mas todas as brasileiras acertaram, e conseguimos deixar o México para trás de novo. Os Estados Unidos estavam melhores que todos os outros competidores. Por esse motivo, nossa prata veio com gosto de ouro. Nas finais, precisamos contar com a maturidade de cada uma de nossas meninas, porque em todas as finais que entramos não poderíamos ter falhas, o nível estava muito parelho. Nossas meninas foram guerreiras e fizeram o melhor”.
Na ótica de Adriana, o resultado premiou todo o esforço empreendido pela CBG para manter as engrenagens da modalidade funcionando, com adaptações. “São atletas jovens. Foi a primeira vez que elas competiram num evento com essa grandiosidade. Uma competição como o Pan Júnior carrega uma expectativa, um clima diferente. E elas se saíram muito bem”.
Nas finais por aparelhos, Andreza foi o grande destaque brasileiro, com seus dois bronzes. “Ela mostrou um bom controle emocional, e nos deixou muito orgulhosos. Quero parabenizar todas as nossas ginastas. Por causa da pandemia, tivemos que reorganizar todo o nosso planejamento, a forma de abordar, de treinar, para que pudéssemos recuperar o tempo perdido”, resume a treinadora. “Estaremos muito bem representados em 2022 nessa categoria”, acrescenta Adriana.
RESULTADOS
EQUIPES
1º EUA 159.35
2º Brasil 143 (Andreza Heloísa de Lima, Gabriela Rodrigues Barbosa, Gabriela Reis, Josiany Calixto da Silva)
3º México 142.15
INDIVIDUAL GERAL
1º Katelyn Jong (EUA
2º Kailin Chio (EUA)
3º Aurélie Tran (CAN)
6º Andreza Lima (BRA)
7º Gabriela Barbosa (BRA)
SALTO
1º Tiana Sumanasekera (EUA)
2º Katelyn Jong (EUA)
3º Andreza Lima (BRA)
SOLO
1º Kailin Chio (EUA)
2º Katelyn Jong (EUA)
3º Mariangela Valdez (MEX)
4º Gabriel Mota Reis (BRA)
TRAVE
1º Maray Johnson (EUA)
2º Katelyn Jong (EUA)
3º Andreza Lima (BRA)
BARRAS ASSIMÉTRICAS
1º Madray Johnson (EUA)
2º Aurélie Tran (CAN)
3º Kailin Chio (EUA)
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