Brasil conquista nove medalhas, sendo três de ouro, no Pan-Americano de Trampolim

28.06.2022  |    1.635 visualizações

Atletas da ginástica rítmica e da ginástica artística prestigiaram o evento na arena

Da Redação (SP) - A sequência de três Campeonatos Pan-Americanos realizados pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) no Rio de Janeiro (RJ) está apenas no início e, nesta terça-feira (28), foi encerrado o primeiro deles. Na Arena Carioca 1, o Brasil brilhou no trampolim. Foram nove medalhas, sendo três de ouro com Alice Hellen e Camilla Gomes no trampolim sincronizado, Camilla novamente no trampolim individual, e Gabriela Cordeiro, campeã no trampolim individual categoria juvenil. 

Outras seis medalhas foram conquistadas para o Brasil. Foi uma prata no trampolim por equipes feminino (com Camilla Gomes, Alice Hellen, Ana Luiza Pereira Soares e Maria Luiza França Lopes Oliveira), e outra no trampolim individual com Alice Hellen. No duplo-mini, João Guilherme Silva garantiu a terceira colocação para o Brasil. E no trampolim individual juvenil, foram mais três: Alice Reis Albuquerque e Arthur Antunes Ferreira foram prata, e Marcos Paulo conquistou a medalha de bronze. 

Logo depois da prova em que conquistaram o ouro no sincronizado, com a nota 45.760, Camilla e Alice comemoraram. “Começar o dia com medalha de ouro foi muito gratificante, começamos o dia com o pé direito, e consegui terminar do mesmo jeito. A energia está enorme, ter a nossa família perto, estar em casa é muito bom. Está sendo muito legal contar com essa energia”, disse Camilla Gomes.

Alice também deixou evidente sua alegria por estar de volta depois da cirurgia no joelho direito realizada em janeiro deste ano. “Estou muito feliz. Meu objetivo era acertar as minhas séries e eu consegui fazer isso muito bem, passar bem no trampolim todas as vezes que subi e realmente é muito gratificante. Estar em casa, competindo aqui com toda essa estrutura das Loterias CAIXA e da CBG é muito bom. Estou muito feliz e agradeço muito”, disse Alice.

Um pouco depois Camilla e Alice deixaram a parceria de lado para se tornarem adversárias. Na prova de trampolim individual, as duas brilharam novamente e seguiram no pódio: Camilla em primeiro, com 55.600, e Alice em segundo, com 53.330. Sobre a rivalidade, as ginastas têm o mesmo discurso e garantem que é algo saudável. 

“A gente faz com que isso seja uma coisa positiva e não algo que vá atrapalhar. E competição é isso, alto rendimento é isso, vida de atleta é isso. Um dia ela ganha, outro dia eu ganho e o que a gente quer mesmo é continuar vencendo. Quando eu comecei, em 2015, a Camilla já era referência e hoje continua sendo. Quem acompanha o trampolim sabe. Ela é um exemplo de atleta e de pessoa. A gente convive já algum tempo e tenta fazer com que o momento ali dentro da competição seja bom, seja positivo”, afirmou Alice.

Camilla segue o raciocínio. “A Alice entrou na seleção em 2018 e a gente foi se unindo cada vez mais. Independentemente de qualquer coisa, mesmo tendo essa competitividade, tem que haver uma amizade. A gente faz com que isso seja uma coisa boa. A gente não compete contra, a gente compete com a gente mesmo. Eu quero que ela vá bem, ela quer que eu vá bem e a gente está representando um país. Nunca estamos uma contra a outra”, garantiu Camilla.

Campeã no trampolim individual categoria juvenil, Gabriela Cordeiro fez 48.255 e comemorou. “Estou muito feliz. Minha primeira vez em um Pan-Americano, uma competição assim como essa, e é muito legal. Hoje contamos com o apoio da torcida, teve bastante gente aqui torcendo, eu até fiquei um pouquinho nervosa, mas estou superfeliz”, disse a jovem ginasta. 

Além das medalhas, o Brasil ainda conseguiu o quarto lugar no trampolim sincronizado com a dupla Gabriel Henrique e Lucas Junio.

A programação de competições na Arena Carioca 1 segue, agora, com a Ginástica Rítmica, que será de 7 a 10 de julho. Depois, de 14 a 17 de julho, será a vez do Campeonato Pan-Americano de Ginástica Artística. Grandes estrelas da modalidade estarão em ação nos dois eventos.

Evento recebe visitas ilustres nesta manhã

Enquanto as estrelas do trampolim estavam em ação, os ginastas da ginástica rítmica e da ginástica artística prestigiaram o evento na manhã desta terça-feira. A integração entre as modalidades da Confederação Brasileira de Ginástica está cada vez mais forte e o medalhista olímpico na artística, Arthur Nory, fez questão de destacar este ponto.

“Acho muito bacana até para ver como está a arena, a gente já vai se ambientando e o ginásio está lindo. Toda essa estrutura está surreal de bonito e acho importante a gente dar o nosso suporte para os atletas da ginástica. Tudo faz parte da Confederação Brasileira de Ginástica e a gente faz parte disso tudo. Estou aqui para torcer”, disse Nory.

Outra estrela da ginástica brasileira esteve presente na Arena Carioca 1 nesta manhã. Diego ; também elogiou toda a estrutura realizada pela CBG neste Pan-Americano de trampolim.

“Nós, da ginástica, chegamos a um patamar de ter ídolos em todas as modalidades, de contar com grandes atletas. E temos uma nova geração que inspira muito. Desde a chegada aqui se vê que estamos em nível de competição mundial. Está tudo muito bonito e estamos em um espaço tão importante, ao lado de onde nós fomos medalhistas olímpicos em 2016, onde eu fui medalhista pan-americano em 2007, e ações como essa colocam o esporte nacional em um patamar internacional”, afirmou Diego Hypólito.

Coordenador geral da CBG comemora sucesso do evento

O coordenador-geral da CBG, Henrique Motta, encerrou este primeiro Pan-Americano realizado no Rio de Janeiro plenamente satisfeito. Segundo o dirigente, o evento é de extrema importância para o desenvolvimento cada vez maior da ginástica de trampolim.

“Este evento é fundamental para o desenvolvimento esportivo da ginástica brasileira. É o segundo ano seguido que a gente faz no Brasil e é muito importante para a modalidade dar a oportunidade desses jovens atletas e também aos mais experientes de estarem competindo em casa e ao mesmo tempo com porte internacional. Eles conseguem se preparar para as principais competições que têm ao longo da temporada de 2022 e do ciclo olímpico de Paris. O saldo esportivo, sem dúvida, é 100%”, garantiu Henrique.

Motta ainda ressaltou o bom resultado conquistado hoje. “A ginástica de trampolim tem grandes atletas que estão se destacando. O objetivo dentro do planejamento técnico é desenvolver cada vez mais esses resultados e isso já está acontecendo. Os reflexos estão nas finais do Pan-Americano de hoje”, disse.

Segundo Motta, o sentimento de toda a equipe da Confederação é de felicidade. “O balanço é muito positivo. O Brasil hoje é conhecido internacionalmente como um país organizador de eventos dentro da ginástica. Estamos muito felizes com essa organização e com a confiança da União Pan-Americana novamente, assim como em 2021”, concluiu.

Resultados completos no link:https://pan2022.cbginastica.com.br/#resultados 

 

Leia também...
17.04.2024

Yuri Guimarães, com chances matemáticas, vai à final no solo

13.04.2024

Grupo participa de estágio de preparação em Troyes, na França

11.04.2024

Após a primeira etapa, na Grécia, ginastas treinaram por duas semanas na capital búlgara

31.03.2024

Jade Barbosa conquista ouro inédito no solo; Rebeca, Flavinha e Diogo obtiveram prata na Turquia