Com ótimo desempenho de seus generalistas e especialistas, Brasil alcança a classificação para o Mundial

16.07.2022  |    849 visualizações

Caio Souza deu show, com o ouro no individual geral e mais quatro medalhas nos aparelhos

Da Redação (SP) - Com belos resultados de seus generalistas e de seus especialistas, o Brasil conseguiu alcançar seu principal objetivo no Campeonato Pan-Americano de Ginástica Artística Masculina, no Rio de Janeiro– uma das quatro vagas que estavam em disputa para o Mundial de Liverpool, que será disputado a partir do final de outubro. A equipe brasileira terminou na segunda colocação, com 244.201 pontos, atrás apenas dos Estados Unidos (250.035). No domingo, as oito melhores equipes disputarão a final.

Caio Souza, principal generalista do Brasil, conquistou o bicampeonato panamericano no individual geral, ao somar 83.033 pontos, e ainda foi fundamental para que a equipe brasileira pudesse alcançar a segunda colocação por equipes. Lucas Bitencourt, campeão brasileiro no individual geral, terminou na quarta colocação, bem perto do medalhista de bronze, o canadense Felix Dolci.

Caio conquistou ainda outras quatro medalhas por aparelhos: ouro no salto, prata nas argolas e na barra fixa e bronze nas paralelas.

Na avaliação do atleta, o Brasil está seguindo um bom caminho na Ginástica Artística Masculina. “É muito gratificante ver que o trabalho feito está dando resultado. Ainda faltam alguns detalhes para ser lapidados, mas temos tempo até o Campeonato Mundial. Hoje a gente precisava classificar para lá e o resultado mostra um caminho a ser seguido. Ainda temos a competição por equipes no domingo, que vai ser muito emocionante, e a hora que acabar o Pan-Americano é voltar para casa, esfriar a cabeça e tentar melhorar um pouquinho em cada aparelho sempre”.

O bicampeão panamericano no individual geral disse que competir em casa lhe deu motivação extra. “A minha família esteva presente e foi muito legal. Em 2019, a minha mãe conseguiu ir para os Jogos Pan-Americanos no Peru e aquilo foi emocionante para mim. Ano passado não podia ter ninguém por causa da pandemia e desta vez eles vieram. Isso é muito bom porque nós, brasileiros, gostamos muito desse apoio. A cada elemento, cada prova, a torcida ia junto e isso é muito legal. Minha família veio de Volta Redonda e foi muito bom poder contar com eles”.

Arthur Zanetti, campeão e vice-campeão olímpico em 2012 e 2016, respectivamente, novamente deu um show nas argolas, e conquistou a medalha de ouro, provando que está plenamente recuperado da cirurgia no ombro a que se submeteu depois dos Jogos Olímpicos.

Zanetti diz que se sentiu muito bem em sua volta às competições internacionais. “Voltar a competir internacionalmente é muito bom, principalmente em casa e com o público. A última foi em Tóquio, nos Jogos Olímpicos. Já tem quase um ano e estar aqui hoje foi bom. Ainda precisamos ver onde podemos melhorar, mas o importante é que o objetivo principal que era a classificação por equipe, nós conseguimos”. 

Arthur Nory, campeão na barra fixa no Mundial de Stuttgart, em 2019, também subiu ao pódio nesse aparelho – conquistou o bronze. 

O jovem Diogo Soares, que foi finalista no individual geral logo em sua primeira participação olímpica, no ano passado, também obteve resultados muito bons – foi o quinto no individual geral e ficou bem perto de uma medalha na barra fixa, na quarta colocação. 

 

RESULTADOS – CAMPEONATO PAN-AMERICANO ADULTO MASCULINO

 

COMPETIÇÃO POR EQUIPES

  1. EUA – 250.035
  2. BRASIL – 244.201
  3. Canadá – 237.599
  4. Colômbia – 233.767
  5. México – 230.001
  6. Argentina – 228.768
  7. Cuba – 223.568
  8. Porto Rico – 222.999

 

INDIVIDUAL GERAL

  1. Caio Souza – BRASIL – 83.033
  2. Yul Moldauer – EUA – 81.767
  3. Felix Dolci – Canadá – 79.333
  4. Lucas Bitencourt – BRASIL – 78.500
  5. Diogo Soares – BRASIL – 78.433

 

SOLO

  1. Yul Moldauer – EUA – 14.367
  2. Riley Loos – EUA – 14.167
  3. Felix Dolci – Canadá – 14.100
  4. Colt Walker – EUA – 14.000
  5. Lucas Bitencourt – BRASIL – 13.800
  6. Caio Souza – BRASIL – 13.700
  7. Diogo Soares – BRASIL – 13.667
  8. Arthur Zanetti – BRASIL – 13.633

 

CAVALO

1) Yul Moldauer – EUA – 13.200

2) Jayson Rampersad – EUA – 13.133

3) Andres Moreno – Colômbia – 13.000

11) Arthur Nory – BRASIL – 12.267

15) Caio Souza – BRASIL – 12.033

37) Lucas Bitencourt – BRASIL – 10.533

39) Diogo Soares – BRASIL – 10.433

 

ARGOLAS

1) Arthur Zanetti – BRASIL – 14.467

2) Caio Souza – BRASIL – 14.267

3) Riley Loos – EUA – 13.900

12) Lucas Bitencourt – BRASIL – 13.167

13) Diogo soares – BRASIL – 12.967

 

SALTO

1) Caio Souza – BRASIL – 14.833

2) Felix Dolci – Canadá – 14.366

3) Daniel Villafañe – Argentina – 14.217

6) Arthur Zanetti – BRASIL – 13.950

 

PARALELAS

1) Yul Moldauer – EUA – 14.900

2) Colt Barrett – EUA – 14.500

3) Caio Souza – BRASIL – 14.233

7) Arthur Nory – BRASIL – 13.667

8) Lucas Bitencourt – BRASIL – 13.667

9) Diogo Soares – BRASIL – 13.600

 

BARRA FIXA

1) John Malone – EUA – 14.200

2) Caio Souza – BRASIL – 13.967

3) Arthur Nory – BRASIL – 13.800

4) Diogo Soares – BRASIL – 13.433

8) Lucas Bitencourt – BRASIL – 13.000

 

 

 

 

 

 

Leia também...
21.04.2024

Ginastas do Brasil emplacaram duas dobradinhas em Jesolo, na trave e no solo

20.04.2024

Caio Souza e Arthur Nory obtiveram pódio nas paralelas e na barra fixa, respectivamente

18.04.2024

Nory avança à final na barra fixa e se mantém no páreo pela vaga olímpica

17.04.2024

Yuri Guimarães, com chances matemáticas, vai à final no solo