Da Redação (SP) - Neste mês de dezembro, a Confederação Brasileira de Ginástica promove, em Aracaju, a sexta edição do Estágio de Treinamento de Ginástica Rítmica. O evento, na edição 2024, volta-se especialmente para novas abordagens de treinamento com ênfase no trabalho interdisciplinar, tendo como objetivo uniformizar a preparação física e técnica de ginastas com 11 a 14 anos de idade, das categorias Infantil e Juvenil. Os critérios levados em consideração para a distribuição de vagas foram os resultados obtidos em 2024. Houve também encaminhamento de convites a profissionais indicados pela Coordenação Geral de GR da CBG. A atividade teve início no dia 9 e se estende até o dia 17.

“Estamos promovendo uma capacitação continuada. Ao longo desse processo, reforçamos o alinhamento e disseminamos conhecimentos. O processo é incessante, porque o código de pontuação é atualizado. Aquilo que aprendemos deve ser repassado sempre. Os Estágios nos permitem que façamos isso”, afirma Márcia Aversani, Coordenadora do Comitê de Ginástica Rítmica da CBG.

Paralelamente ao estágio, apoiado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), é realizado curso de capacitação, que recebe suporte do Ministério do Esporte. Ao todo, estão reunidos no Centro de Treinamento de Ginástica Rítmica, na capital sergipana, 43 ginastas e 28 treinadoras. Todas as regiões do Brasil estão representadas. Há também um time de aproximadamente dez experts da CBG atuando diretamente com as ginastas e treinadoras.

Um dos cernes do Estágio é o esforço em torno da uniformização do trabalho da preparação física e técnica das ginastas. Segundo Aversani, foram incorporadas ao cronograma propostas diferenciadas relacionadas à convivência e organização do treinamento nos clubes. “Queremos que as treinadoras e ginastas entendam abordagens interessantes que utilizamos aqui no CT, na Seleção Brasileira Juvenil e na Seleção Brasileira Adulta. A finalidade é capacitá-las a replicar esses formatos ou simplesmente usar a ideia, o que pode dar origem a formatos adaptados às possibilidades dos clubes. Cito como exemplo as rodas de conversa, as formas de iniciar o treino, as maneiras de abordar a ginasta no começo da atividade, de finalizar os treinamentos”.

Aversani cita os benefícios proporcionados pelo intercâmbio com profissionais estrangeiros para a construção dos formatos de treinamento no Brasil. Em 2024, foram recebidas visitas de treinadoras búlgaras de altíssimo gabarito. A Coordenadora lembra também que, em setembro, um grupo de ginastas de 13 anos de idade teve a oportunidade de fazer aulas no Panamá com profissionais de expressivo currículo. “Essas contribuições são importantes para que possamos seguir nosso caminho, que é o da Ginástica Rítmica Brasileira. Esses conhecimentos são adquiridos e reorganizados. Nós refletimos a respeito deles e os aplicamos nos treinamentos de nossas Seleções e nos de nossas equipes de base”, arremata a profissional. Essas diretrizes estão contidas em uma publicação que norteia a comunidade da GR do país, intitulada “Modelo de Desenvolvimento de Ginastas de Ginástica Rítmica no Brasil”. Foi lançada no último mês de novembro. Referências importantes para o trabalho fazem parte do “Caderno Didático-Pedagógico”, editado pela Escola de Treinadores de Ginástica Rítmica, ligada à CBG.