Com dois pódios inéditos, Brasil fecha Mundial de Ginástica Rítmica celebrado pela FIG como um dos melhores da história

25.08.2025  |    5 visualizações

Primeiro Mundial realizado na América do Sul, reconhecido pela FIG como um dos melhores da história, reuniu mais de 650 participantes, contou com o trabalho de 300 voluntários e foi transmitido para mais de 70 países

Da Redação (RJ) - Primeiro Mundial realizado na América do Sul, reconhecido pela FIG como um dos melhores da história, reuniu mais de 650 participantes, contou com o trabalho de 300 voluntários e alcançou mais de 70 países em transmissões globais.

O 41º Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica chegou ao fim neste domingo (25), na Arena Carioca 1, e entrou para a história do esporte brasileiro. Diante de uma torcida apaixonada, que cantou junto com as atletas, o conjunto nacional conquistou a medalha de prata na série mista (3 bolas e 2 arcos) e encerrou sua participação com dois inéditos pódios.

Ao som de “Evidências”, verdadeiro hino popular brasileiro, as ginastas embalaram o público e alcançaram a nota de 28.550, ficando atrás apenas da Ucrânia (28.650). A China completou o pódio com 28.350.

Mais cedo, na final das Cinco Fitas, que homenageou a cultura brasileira, a equipe emocionou novamente e terminou em sexto lugar, com 22.850 pontos.

As conquistas coroaram um fim de semana inesquecível: no sábado (23), o conjunto já havia conquistado o vice-campeonato geral, ficando atrás apenas do Japão, com a Espanha na terceira colocação.

As medalhas históricas foram conquistadas pelas ginastas Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves, sob a liderança da treinadora Camila Ferezin e da auxiliar técnica Bruna Martins, que conduziram a equipe ao melhor resultado da história da Ginástica Rítmica brasileira.

“É a realização de um sonho plantado há muitos anos atrás. Foi um trabalho de formiguinha, fomos subindo degrau por degrau, e ao longo desses 15 anos conseguimos chegar no topo. A gente se reestruturou como equipe, trouxe mais tecnologias para o nosso dia a dia, se profissionalizou, e todo mundo deu o seu melhor. Crescemos juntos e a prova está aí. Tudo foi plantado pelas mãos de muitas pessoas. Então estamos muito felizes e agora é continuar trabalhando para trazer mais coisas boas”, destacou Camila Ferezin, treinadora da seleção.

“Acredito que a ginástica passou o seu recado. Com esse Campeonato Mundial a gente inspirou novas gerações e acredito que vamos ganhar praticantes. A gente comprou 13 tablados, que vão ficar como legado para construir novos centros de treinamento… A estrutura que foi criada aqui para esse Mundial, duas arenas olímpicas, uma área de aquecimento, 2.000 pessoas trabalhando intensamente, mostrando que o Brasil não só é bom dentro da quadra, mas também fora da quadra. Foi de fato o maior e melhor Mundial de todos os tempos", finalizou Ricardo Resende, presidente do Comitê Organizador Local.

Reconhecido pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) como um dos melhores Mundiais de todos os tempos, o evento reuniu mais de 650 pessoas entre atletas, treinadores e dirigentes, representando 78 países, consolidando-se como a maior edição em número de participantes e o primeiro Mundial da modalidade realizado na América do Sul. Além disso, contou com o engajamento de 300 voluntários, que foram fundamentais para o sucesso da operação e para o acolhimento das delegações e do público.

A grandiosidade também esteve presente na transmissão: o campeonato foi exibido ao vivo pelo streaming da CazéTV, pelos canais fechados do SporTV, pela TV Globo em sinal aberto, além de alcançar mais de 70 nações com sinal internacional.

Declaração final do presidente da FIG, Morinari Watanabe:

“O 41º Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica da FIG no Rio de Janeiro chegou ao fim, e que celebração extraordinária foi esta. Meus sinceros agradecimentos vão para a Cidade do Rio, a Confederação Brasileira de Ginástica, o Comitê Olímpico do Brasil, os voluntários e os apaixonados espectadores que tornaram este evento inesquecível. Graças ao excelente trabalho do Comitê Organizador e ao vibrante apoio dos fãs, este Campeonato figura entre os melhores da história. A atmosfera na arena refletiu a cultura única do Brasil e seu amor pela dança — um palco ideal para a Ginástica Rítmica. As próprias atletas disseram que esperam voltar aqui para futuros Campeonatos. Sinceramente, não pode haver elogio maior.”


 

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