Seleção Brasileira de Conjunto conquista segundo ouro em Santiago

03.11.2023  |    490 visualizações

Apresentação empolgou o público

Da Redação (SP) - Mais do que uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Mais do que cinco ginastas preparadas para representar uma das potências mundiais da GR. Mais do que técnica. Mais do que coração. Mais do que garra. A Ginástica Rítmica do Brasil é mais do que tudo isso. E o limite parece não existir. Nesta sexta-feira (3), o grupo comandado pela treinadora Camila Ferezin conquistou a medalha de ouro na série de cinco arcos, ao som de “I Wanna Dance with Somebody", de Whitney Houston. Em Santiago não foi diferente. Onde quer que o espetáculo seja apresentado, o público se engaja, boquiaberto com a qualidade e o impacto artístico da série.

A medalha de ouro desta sexta-feira é a segunda obtida por esse grupo na capital chilena. A primeira havia sido a do conjunto geral. Neste sábado (4), o esforço é pelo terceiro ouro, na série mista.

Após o final da apresentação de cinco arcos, uma das campeãs pan-americanas, Gabriella Coradine, era só agradecimentos. “A gente conquistou mais um ouro. Fizemos uma série muito boa. Consequentemente, a nota foi maior. Estamos muito felizes e gratas, principalmente pela torcida dos brasileiros, que sempre nos ajudaram muito em nossas apresentações”.

A nota recebida pelo Brasil espelha a qualidade da apresentação: 64.450. O México ficou com a prata (61.750), seguido pelos EUA (58.300).

Camila Ferezin foi informada, depois de muito festejar, que o ouro da série de cinco arcos foi aquele que confirmou o novo recorde do Time Brasil. Trata-se do 55º ouro obtido pelo país em uma edição de Jogos Pan-Americanos, um feito sem precedentes nas 18 participações anteriores do Brasil na competição. Em Lima, há quatro anos, o País havia acumulado 54 peças douradas.

“Não estava sabendo. Isso é bom demais”, comentou a comandante. Em seguida, Camila comentou como se sentiu satisfeita com o resultado de tanto treino voltado para o aperfeiçoamento das exibições da série de cinco arcos. “As meninas estavam lindas mais uma vez. Conseguimos melhorar ainda mais a nossa nota. Esse é o caminho. Amanhã (sábado) será a hora de fazermos a coreografia da série mista. Estou ansiosa, porque queremos muito esse ouro, para fecharmos participação aqui em Santiago com 100% de aproveitamento”.

Na opinião da treinadora, uma das razões do sucesso do Brasil nas disputas de conjunto da GR é a união. “Trabalhamos unidos. Todo mundo da comissão técnica, todas as atletas, todos são muito apaixonados pelo que fazem. Nosso amor pela GR é intenso. Damos a vida por esse esporte. São pessoas com a mesma sintonia. Dentro do tapete e fora do tapete a gente dá o nosso melhor sempre. Isso tudo só poderia resultar nessas coisas boas que são as medalhas de ouro”.

A apresentação deste sábado será também a última da coreografia baseada na música Smile, de Charles Chaplin. “Eu comecei a pensar nessa coreografia depois da morte do meu pai. Essa música tem muito significado para mim. As meninas se engajaram desde o primeiro momento. A nossa ascensão tem muito a ver com o sucesso dessa coreografia, que chamou tanta atenção em nível mundial. Que bom seria se elas acertassem essa série, para que a gente possa se despedir dela da maneira mais memorável possível.

Então, neste sábado a torcida é por Bárbara Galvão, Gabriella Coradine, Giovanna Oliveira, Nicole Pírcio e Victória Borges. As garotas dos dois ouros querem se tornar as garotas dos três ouros. Porque querem sempre mais.

Leia também...
21.04.2025

Ginasta se torna a primeira mulher brasileira a conquistar o chamado "Oscar do esporte"

17.04.2025

Evento será realizado no ginásio Nilson Nelson, de 7 a 11 de maio

13.04.2025

Meninas brasileiras alcançam seis finais por aparelhos na primeira competição internacional do ano

07.04.2025

Brasileiras treinam sob o olhar experimentado de Maryana Pamukova, treinadora de Boryana Kaleyn, vice-campeã olímpica em Paris