Da Redação (SP) - A Ginástica Artística do Brasil teve uma jornada memorável neste sábado (20), no segundo dia de finais da etapa de Doha da Copa do Mundo. O Brasil sai do Catar com duas medalhas de bronze, obtidas por Arthur Nory, na barra fixa, e por Caio Souza, nas paralelas.

Caio, o ginasta de Volta Redonda, a cidade do aço, mostrou sua habitual vontade férrea. Com as forças recuperadas, depois de um afastamento das competições, o experiente generalista marcou 14.566 nas paralelas. Foi a primeira medalha do atleta fluminense desde o seu retorno às competições.

Diogo Soares, que já tem vaga assegurada nos Jogos de Paris, quase emplacou uma dobradinha brasileira. O piracicabano ficou em quarto lugar, com a nota 14.433. Os dois degraus mais altos do pódio foram ocupados pelo filipino Carlos Yulo (15.200) e pelo taiwanês Hung Yuan-Hsi (14.966).

Arthur Nory também brilhou intensamente. O atleta campineiro conquistou o bronze na barra fixa. Em sua série final, chegou a sofrer uma queda, provocada pelo rompimento de seu protetor. Nesses casos, é permitido que o atleta reinicie a série. Na retomada, Nory marcou 14.533.

Nory, campeão do Mundial de Stuttgart-2019 nesse aparelho, concorria a uma das vagas oferecidas via ranking olímpico. O brasileiro necessitava do ouro no Catar e dependia de um insucesso do lituano Robert Tvorogal. O atleta do país báltico, no entanto, conseguiu a nota 14.700, suficiente para lhe dar a prata. O ouro coube ao taiwanês Chia-Hung Tang (15.133).
Nesta sexta-feira (19), Yuri Guimarães ficou em quinto lugar na final do solo (13.933), resultado insuficiente para lhe dar a vaga olímpica.

Encerrada a sequência de quatro etapas que ofereciam pontos para o ranking olímpico (Cairo, Cottbus, Baku e Doha), está definido que a Ginástica Artística Masculina do Brasil será representada, em Paris-2024, por Diogo Soares e por um outro atleta a ser convocado pela comissão técnica.