Disciplina militar ajuda atletas do handebol a obter resultados na Liga Nacional

14.10.2014  |    39 visualizações

Integrantes das equipes da Força Aérea Brasileira, formadas este ano, ganharam patentes e podem seguir, unindo o esporte à carreira

Santo André (SP) - Qual esportista imaginaria um dia ter uma patente militar? Aparentemente, uma área está bem distante da outra, mas desde que a Força Aérea Brasileira decidiu formar equipes de ponta para a disputa dos Jogos Mundiais Militares de 2015, muitos atletas decidiram aceitar esse desafio, entre eles um grupo feminino e outro masculino de handebol. A experiência tem sido surpreendente e os integrantes das duas equipes estão descobrindo que existe muito mais coisas em comum entre esporte e a carreira militar do que imaginavam. Para eles, têm sido um grande aprendizado.

As equipes de handebol ganharam o nome de Vila Olímpica Manoel Tubino/FAB e tem como sede a cidade do Rio de Janeiro. Os homens já estão na disputa da Liga Nacional e com um desempenho excelente. Integrantes do grupo B, ocupam a quarta posição e, como estão quase no final do segundo turno, têm grandes chances de se classificar para as quartas de final.

Um dos integrantes da equipe, Thiago Gusmão, é só elogios para a nova equipe e para a forma de trabalho e estrutura que o grupo pode contar. "Essa é a nossa primeira participação na Liga Nacional. É um primeiro passo muito importante. Hoje já somos uma realidade. Temos coisas para melhorar, mas podemos contar com uma estrutura completa para isso", afirmou o jogador que também é um dos grandes destaques do Brasil nas areias e conquistou o tetracampeonato Mundial em Julho, em Recife (PE).

Gusmão também destaca a nova experiência na carreira militar, como muito positiva. Ele conta que todos os atletas ganharam a patente de terceiro sargento e caso sigam a carreira, podem obter postos mais altos e até se aposentar como militar. "Isso é muito diferente para um atleta. Eu, particularmente, nunca servi ao exército. Para mim é uma grande novidade e acredito que essa parte da disciplina militar relacionada ao grupo está nos ajudando muito. Além disso, o investimento que estão fazendo nos dá um respaldo muito grande. Faz com que o atleta possa viver e usufruir de toda a estrutura de trabalho dentro do quartel, com equipamentos, alimentação etc", contou.

No feminino, a equipe segue a mesma rotina de aprendizado e disciplina e aguarda o início da Liga, nesta quinta-feira (23), para mostrar todo o trabalho que está fazendo. A pivô Tamires Morena de Araújo, mesmo muito jovem, já entrou para o time e está ganhando uma boa experiência. "A equipe é composta por jogadoras de Estados idades diferentes. Temos uma equipe bem estruturada pois nossa rotina de treinos é bastante intensa. Treinamos duas vezes ao dia. Na parte da manhã temos condicionamento físico e fazemos musculação no quartel e na parte da tarde fazemos técnico e tático com bola", disse bem empolgada a atleta fluminense. "Temos a patente de terceiro sargento e o projeto será renovado ano a ano", explicou a jogadora que também atua pela Seleção Brasileira e acabou de voltar da disputa da Golden League, na Dinamarca.
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