Da Redação, São Paulo (SP) - “Alice e Camilla Gomes alcançam inédito sexto lugar no Mundial da Rússia”, diz manchete de novembro de 2018. “Camilla e Alice Gomes conquistam bronze inédito na Copa do Mundo”, alardeia o mesmo site de informação esportiva, em fevereiro do ano passado. E é assim, de feito inédito em feito inédito, que a dupla de atletas vai fazendo história na Ginástica de Trampolim. As brasileiras que brilham na dupla sincronizada agora ocupam a liderança no ranking da Federação Internacional de Ginástica (FIG). A última etapa da Copa do Mundo que proporcionou pontos para o ranking foi realizada em fevereiro, em Baku, no Azerbaijão – as representantes nacionais ficaram então a seis décimos do pódio.
“Essa é uma notícia fantástica, um fato inédito. É um orgulho e motivo de grande satisfação para a Ginástica de Trampolim do Brasil”, diz Tatiana Figueiredo, técnica de Camilla no Núcleo de Ginástica Tatiana Figueiredo, na disputa de competições nacionais, e quando ela representa a Seleção Brasileira.
“A liderança do ranking serve como combustível para nos mantermos na luta. É um incentivo a mais. A gente ganha mais respeito internacional e as atletas ficam mais confiantes”, diz Tatiana.
Alexandro Runge Pereira, treinador de Alice Hellen no Minas Tênis Clube, também se empolgou com a notícia. “Esse primeiro lugar no ranking mundial é de suma importância para as atletas do Brasil, pois proporciona a elas a oportunidade de estar entre as melhores, sendo vistas e reconhecidas pelos árbitros, técnicos e dirigentes de todo o mundo, além de dar mais confiança a elas de que podem sim estar entre as melhores do mundo tanto no sincronizado quanto no individual”.
O resultado premia a regularidade e a consistência das brasileiras, que competiam juntas com frequência antes da pandemia. Cabe lembrar que a dupla sincronizada não é uma prova olímpica, mas as duas atletas podem sim colher benefícios provenientes da atuação destacada na dupla sincronizada, segundo Tatiana.
“Essa projeção fortalece a confiança das atletas. Além do mais, as disputas no sincronizado ajudam a tirar o nervosismo que ronda uma grande competição internacional. A série do sincronizado é mais fácil. Um bom resultado ajuda a ‘quebrar o gelo’, como dizemos no jargão do esporte, pensando no individual. Por vezes, o sincronizado obriga uma atleta a saltar mais alto para acompanhar a parceira, o que proporciona um ganho indireto”, explica Tatiana.
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