Nome importantíssimo da Ginástica Brasileira, Oleg Ostapenko falece na Ucrânia, aos 76 anos

03.07.2021  |    849 visualizações

Treinador deu contribuição fundamental para o crescimento do Brasil no esporte

Da Redação (SP) - O lendário treinador Oleg Ostapenko faleceu neste sábado, em Kiev, na Ucrânia, aos 76 anos de idade.

Ele estava hospitalizado desde o dia 6 de maio, e lutou contra vários problemas de saúde. Exames acusaram a presença de coágulos nos pulmões, que demandaram duas cirurgias na tentativa de eliminá-los.

Segundo o site International Gymnast Media, Oleg, que tinha apenas um rim, foi submetido a diálise. O treinador também tinha um inchaço no cérebro.
Oleg Ostapenko teve duas passagens pela Ginástica Brasileira. A primeira se iniciou em 2001. O treinador chegou com um currículo impressionante – havia trabalhado com Tatyana Lyssenko, que conquistou dois ouros olímpicos em Barcelona-92, Taiana Gutsu (dois ouros na mesma edição dos Jogos) e Lilian Podkopayeva (dois ouros e uma prata em Atlanta-96).

Ele foi contratado para trabalhar a Seleção de Ginástica Artística Feminina do Brasil, acompanhado por sua esposa, Nadija, que era professora de balé e se incumbia das coreografias, e pela treinadora Iryna Ilyashenko.

Oleg deu uma contribuição expressiva para conquistas inesquecíveis do Brasil, como o ouro de Daiane dos Santos no Mundial de Anaheim, em 2003, e o bronze de Jade Barbosa no Mundial de Stuttgart, em 2007, no individual geral, além de várias conquistas dessas duas ginastas e de Laís Souza em etapas da Copa do Mundo.

Depois da Olimpíada de Pequim, Oleg e Nadija encerraram sua primeira passagem, e ele foi trabalhar com jovens ginastas na Rússia. Em 2011, o renomado treinador voltou, para trabalhar em Curitiba, no CEGIN (Centro de Excelência de Ginástica). Lá, comandou treinos de Lorrane Oliveira, Daniele Hypolito e Lorena Rocha, entre outras. Esse período chegou ao final em novembro de 2015.

“É com muita tristeza que recebemos a notícia da morte de Oleg, que acrescentou tanto à Ginástica Brasileira, com seus conhecimentos e enorme carga de trabalho. Devemos parte de uma longa lista de conquistas a esse treinador, cuja influência se faz sentir até hoje no nosso esporte”, diz Luciene Resende, presidente da CBG.

Iryna também fez questão de destacar os méritos do treinador. “Um grande mestre, que marcou presença na nossa alma, no nosso coração. Lutou muito para colocar a Ginástica Brasileira num altíssimo nível”.

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