Da Redação (SP) - A delegação que representou o Brasil nas disputas de Ginástica Artística Masculina nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Cáli voltou nesta terça-feira (30) ao País com a sensação de missão cumprida. O Brasil conquistou a medalha de prata na competição por equipes, duelando até o último aparelho com os Estados Unidos, que ficaram com o ouro. Nas finais por aparelhos, Diogo Paes foi campeão na barra fixa e conseguiu o bronze nas paralelas, aparelho em que Yuri Monteverde Guimarães foi vice-campeão. No cavalo com alças, Gustavo Pereira obteve o bronze. No quadro de medalhas da Ginástica Artística Masculina, o Brasil ficou em segundo lugar, com um ouro, duas medalhas de prata e duas de bronze, atrás dos Estados Unidos (5,1,1). México e República Dominicana dividiram a terceira colocação, com um ouro.
“A Ginástica Artística do Brasil chegou a um nível muito alto, e estamos nos esforçando para mantê-la lá em cima. A Ginástica Brasileira deixou de ser coadjuvante. Hoje temos uma estrutura muito melhor, e tudo está direcionado para que as coisas aconteçam. Nossos ginastas se espelham em quem já desbravou o caminho. O Yuri treina em São Caetano com o Arthur Zanetti. O Diogo divide o ginásio com o Arthur Nory. Eles sabem que, se trabalharem duro, também poderão chegar lá. Medalhas olímpicas não são mais uma utopia para os ginastas brasileiros”, diz Hilton Dichelli Júnior, um dos treinadores que orientaram os brasileiros em Cáli, ao lado de Marcos Goto, Coordenador da Seleção de Ginástica Artística Masculina do Brasil.
O duelo na competição por equipes foi parelho, envolvendo os espectadores que acompanharam o evento. “Temos essa disputa há muito tempo com a ginástica dos Estados Unidos, que é uma potência inquestionável. Uma competição nacional norte-americana movimenta 500 atletas. Na qualidade técnica em Cáli, competimos de igual para igual com eles. Isso foi reconhecido pelos próprios treinadores dos EUA, que gostaram do nível técnico do campeonato”, afirma Hilton.
A competição por equipes permaneceu indefinida até o último aparelho, o cavalo com alças, em que os EUA se impuseram.
O saldo final do Brasil, que deixou a Colômbia com cinco medalhas na Ginástica Artística Masculina, foi considerado muito satisfatório pelo treinador, sobretudo pelo nível alto dos participantes. “Nos aparelhos, tivemos medalhistas do Peru, da Costa Rica, da República Dominicana. Isso é prova de que a ginástica latino-americana está crescendo. O Peru, por exemplo, já usufrui do legado deixado pelo investimento feito para os Jogos Pan-Americanos de 2019. Para nós é muito bom esse crescimento da ginástica no continente. Elevamos nosso nível conjuntamente, somos obrigados a não nos acomodar”, analisa o treinador.
O público brasileiro pôde observar mais uma vez os novos talentos de nossa ginástica. “O Yuri e o Diogo vivem há muitos anos uma disputa sadia que beneficia os dois mutuamente. E o Gustavo trabalhou muito para crescer no cavalo com alças, um aparelho em que nossa ginástica tem dificuldades históricas”.
Segundo Hilton, os expressivos resultados são consequência também da preparação específica elaborada para essa competição. “Nós formamos essa equipe e trabalhamos no Centro de Treinamento Time Brasil, no Rio de Janeiro. Fizemos várias avaliações. Essa preparação prévia ajudou nossos atletas a suportar a pressão”.
RESULTADOS
COMPETIÇÃO POR EQUIPES
1º Estados Unidos
2º Brasil
3º Colômbia
INDIVIDUAL GERAL
1º Vahe Petrosyan (EUA)
2º Luciano Zuñiga (CHI)
2º Tobias Liang (EUA)
ARGOLAS
1º Jabiel Acosta (República Dominicana)
2º Edward Luque (PER)
3º Ariel Mendoza (Costa Rica)
BARRA FIXA
1º Diogo Paes (BRA)
2º Vahe Petrosyan (EUA)
3º Daniel Villa Ruiz (COL)
BARRAS PARALELAS
1º David Shamah (EUA)
2º Yuri Monteverde Guimarães (BRA)
3º Diogo Paes (BRA)
CAVALO COM ALÇAS
1º David Shamah (EUA)
2º Edward Luque (PER)
3º Gustavo Pereira (BRA)
SALTO
1º Ricardo Moreno (MEX)
2º Edward Rivas (PER)
3º Cesar Armando Lopes Chávez (EQU)
SOLO
1º Tobias Liang (EUA)
2º Luciano Zuñiga (CHI)
3º Ariel Mendoza (CRC)
Janela de Imprensa da Ginástica Artística
1º de Maio
Ginastas do Brasil emplacaram duas dobradinhas em Jesolo, na trave e no solo
Caio Souza e Arthur Nory obtiveram pódio nas paralelas e na barra fixa, respectivamente