Seleção de Conjunto de Ginástica Rítmica já está no Japão

26.07.2021  |    171 visualizações

Meninas do Brasil treinam séries com nível de dificuldade elevado

Da Redação (SP) - Nestes primeiros dias de Jogos Olímpicos, os fãs da Ginástica vão curtindo as competições de Ginástica Artística. As disputas de conjuntos de Ginástica Rítmica só vão começar no antepenúltimo dia do evento. Mas nossas ginastas já estão em Hamamatsu, em processo de aclimatação.

O Brasil tem uma bela história nas disputas olímpicas de conjuntos, que só foram introduzidas na programação dos Jogos de Atlanta, em 1996. O Brasil conseguiu marcar presença na edição seguinte, Sydney-2000, e, de cara, alcançou a condição de finalista. Quatro anos depois, em Atenas, repetiu a façanha.

Integrante, como atleta, daquele grupo pioneiro de Sydney, e treinadora da Seleção Brasileira hoje, Camila Ferezin contou o que lhe passava pela cabeça antes da longa viagem.

“Tudo relacionado aos Jogos está envolvido num clima gostoso de vivenciar. A emoção toma conta de nós a cada novo passo. Estou relembrando toda essa trajetória, recordei de quando fui para a minha primeira Olímpiada, que também aconteceu do outro lado do mundo, na Austrália. Hoje, viver isso novamente, com nosso time, é maravilhoso. Lembro que tratei de dormir bastante no voo para já entrar no fuso. Essa aclimatação é muito importante”.

A despeito de todas as dificuldades impostas pela pandemia, o Brasil tem avançado bastante. Primeiro registrou, na Copa do Mundo de Baku, a nota 38.550 na série de cinco bolas, a mais alta de um conjunto das Américas, até então, no atual ciclo olímpico. A competição no Azerbaijão foi a única de que o conjunto brasileiro participou antes de decidir a vaga olímpica, no Campeonato Pan-Americano do Rio. No momento decisivo, o Brasil venceu uma dura disputa com o México, e conseguiu a tão sonhada vaga olímpica. Em Tóquio, Camila Ferezin está convicta de que as notas brasileiras na série de cinco bolas e na mista (três aros e dois pares de maças) serão ainda mais altas.

“Estamos caminhando passo a passo. Dificultamos as séries e acreditamos que podemos dar outro salto. Chegou a hora de colocarmos todo o nosso potencial em quadra. Vamos para o tudo ou nada e com certeza iremos subir nossas notas acertando as séries”, diz Camila.

Na opinião da treinadora, a classificação para Tóquio reafirmou a presença do Brasil na elite mundial do esporte.

“Estar nos Jogos Olímpicos significa muito, sobretudo neste momento, em que há uma disputa acirrada no continente. Graças a essa conquista podemos oferecer a visibilidade que nosso esporte merece. Temos muito potencial e a GR do Brasil voltou ao patamar do qual nunca deveria ter saído. Podemos sim afirmar que a GR do Brasil faz parte da elite mundial. É respeitada e admirada pelo seu trabalho e estilo próprio”.

Devido a particularidades das regras olímpicas, em Tóquio não há possibilidade de inscrição de uma reserva. O Brasil poderá contar com Beatriz Linhares, Deborah Medrado, Maria Eduarda Arakaki, Geovanna Silva e Nicole Pircio.

“Não ter reserva faz com que a gente tenha de promover adaptações na carga e intensidade dos treinos, mas as meninas estão preparadas, já executando as séries, que se tornaram mais difíceis. Então isso nos traz um certo conforto para treinar menos e otimizar a qualidade do treino”, diz a treinadora.

 

Chefe de equipe da Ginástica Rítmica: Bruna Martins

Treinadora: Camila Ferezin

Atletas: Beatriz Linhares, Deborah Medrado, Geovanna Silva, Maria Eduarda Arakaki e Nicole Pircio

Programação (horários de Brasília)

Classificatórias: 06 /08 - 22h

Final: 07/08 - 23h

 

 

 

 

 

 

 

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